» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 07/06/2022 00:01

Cautela

Na semana passada, o Correio noticiou que os leitos de UTI destinados aos pacientes com covid-19 estavam 100% ocupados. Na minha opinião, foi precipitada a decisão de suspender a obrigatoriedade de máscaras e outras medidas higiênicas, só com base na redução da taxa de mortalidade. O número mortes caiu devido à vacinação, que atingiu percentuais elevados da população em todo o país, mas isso não significou o fim da pandemia nem vitória sobre o maldito Sar-Cov2 — a derrota do vírus só ocorrerá quando ele for erradicado do planeta. Algo bem improvável, devido a sua capacidade de mutação. Haja visto o número cepas que atormentaram o planeta desde 2020. O que me preocupa é o calendário de festas juninas da cidade. Organizações não governamentais, igrejas, clubes sociais e várias outras instituições em quase todos os pontos do DF têm festas programadas para este mês. Um bom arraiá, com comidas típicas da época, é uma delícia. Raros são os que não gostam de um bom forró, tocado com um grupo de sanfoneiros e violeiros. Ah! Que maravilha! Mas será que pagaremos, mais um vez, preço alto por satisfazer nossos desejos? Não sou pessimista. Gosto de ser sensato (nem sempre consigo. Porém, recordo o velho ditado popular: "Cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém". Ante os 100% de leitos ocupados por causa da covid-19, não seria o caso de pensar duas vezes antes de cair no forró?

Paulo Américo Santos,

Águas Claras

Telefonia

O Ministério Público, o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Prodecon devem ficar atentos ao que vem fazendo a Anatel. As empresas querem, na renovação, ficar com os prédios e edificações que eram das empresas privatizadas, ou seja do povo brasileiro. É um crime passar esse patrimônio para as mãos de empresas privadas. Do mesmo modo, essas empresas não são fiscalizadas. Os orelhões, os que ainda restam, nenhum funciona. A telefonia pública no país acabou! Recentemente, a Anatel permitiu mais concentração no mercado de telefonia móvel, um cartel e oligopólio que explora o setor. Na compra da Oi móvel, a TIM, simplesmente, não está honrando os créditos que os clientes tinham na Oi. Os débitos estão sendo cobrando, mas os créditos que tínhamos nas linhas pré-pagas foram confiscados, imoralmente e ilegalmente, pela TIM. Fazem o que querem ante a total ineficiência e ineficácia da Anatel. Caso de polícia!

Helio Silva Campos,

Asa Sul

Risco Brasil

As agências de rating realizam uma análise sofisticada sobre as empresas que avaliam o chamado "risco país". Mostram como essas instituições tem influenciado as decisões de lideranças políticas, dirigentes empresariais e gestores públicos em diferentes regiões do mundo, causando efeitos diversos que afetam o comportamento de Estados, mercados e sociedades. O papel das agências de rating, cujos poder e influência ficam patentes quando elas tornam públicas suas análises econômicas, fiscais, institucionais e políticas de diferentes países, pobres ou ricos, grandes ou pequenos. A partir dessa compreensão conceitual, demonstra como a manipulação da percepção de risco torna-se uma fonte de poder permanente das agências de rating, e como os diagnósticos empreendidos por essas instituições libertaram novos riscos para os atores menos privilegiados. Nem os países centrais estão imunes às pressões exercidas pelas agências de rating. Diante disso, o mercado financeiro global e não o eleitorado democrático torna-se o árbitro que determina quais são as políticas sensatas. Nesse clima, um presidente democrata, um primeiro-ministro trabalhista, um chanceler socialdemocrata podem até desprezar os sindicatos, mas é melhor não ofender Wall Street, a City de Londres ou Frankfurt. Até os partidos nominalmente de esquerda começam a se comportar como partidos de direita, pois rezam e obedecem a cartilha das agências de rating.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Coronelismo

O coronelismo violento, atrasado e inescrupuloso é o perfil daqueles que desejam manter no subterrâneo o comportamento duvidoso ou ilegal dos que estão no poder. Ameaçar um jornalista de morte por trazer à tona a máquina de produzir mentiras e enganar os eleitores é algo extremamente grave. A reação dos senadores que exigem apuração rigorosa para identificar os autores que ameaçaram o jornalista do Congresso em Foco é o mínimo que se espera do parlamento. De antemão, sabemos que o Ministério Público não vai investigar, pois se tornou guardião da política do ódio. Sem liberdade de imprensa e de expressão não há democracia.

Euzébio Queiroz,

Octogonal

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