Taguatinga, 64 anos
Muito bom ter lido e guardarei em meus arquivos físicos — do Cantinho das Artes — o caderno cultural, em homenagem a Taguatinga, publicado pelo Correio Braziliense (5/6). Até o tipo especial da impressão merece toda consideração e apreço, assim como todos os altivos impressos dos Diários Associados. Com 14 páginas especiais, trouxe-nos homenagens ao Sistema 4S, via Senac de Taguatinga, entrevistas com pioneiros da cidade, comerciantes da Polyelle Calçados — o Silva — e do farmacêutico — Castro — e os proprietários de bares tradicionais (o Kareka, o Roberto, Manoel Antunes, o Lolô e do restaurante Fogo de Galpão, gerenciado por Soares, no Pistão Sul); além de divulgar os esportes, houve entrevistas com alguns pioneiros, como Wíllon (com saudosismo de que lá o barro é de cor branca) e Seggiaro, este enalteceu sua chegada em 1962, quando seu pai veio morar e trabalhar na construção de Brasília, saudando seu apego à tradicional Praça do Relógio. E ainda: quando passo pela Comercial Norte, lembro do Complexo Cultural Teatro da Praça, Centro Educacional/Administrativo da Secretaria de Educação, com Biblioteca Braile, a tradicional Machado de Assis e nossa Academia Taguatinguense de Letras! Enfrente, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (com Capela de plantão às orações) e Centro Educacional Stella Maris; logo ao lado, fica o Centro Administrativo Regional de Taguatinga, coroado pela movimentada Praça do Relógio e Estação do Metrô. Muitos comércios e indústrias de pequeno e médio portes movimentam a economia de Taguatinga, sem não esquecer os papéis propulsores dos Bancos BB, CEF, Itaú, Bradesco, Santander, e empresas financeiras. Parabéns e felicidades à cidade de Taguatinga, ao Correio Braziliense e àquela população empreendedora!
Antônio Carlos Sampaio Machado,
Águas Claras
Ecologia da fome
Confesso meu desconhecimento mínimo sobre plantas. Acho-as muito bonitas. Misteriosas por brotarem da terra, terem sede, precisarem de água, sol e ar, como os seres humanos. Falo isso num plano geral, pois sei que a botânica é riquíssima para explicar todos esses mistérios. Certas vezes, sou cobrado por minha esposa para aguar as plantas do jardim de casa. Só assim é que me lembro da carência delas por esses cuidados. Tenho a maior admiração pelas pessoas que amam as plantas, cuidam delas com muito zelo, sabem seus nomes na ponta da língua como se fossem botânicos, dão explicações como se fossem botânicos e, no fundo, acredito que são botânicos diplomados. Diplomados no amor à natureza. Quando lembro dos países que passam a maior parte do tempo coberto de neve, é que me desperto para nossa diversidade ecológica. Tanto dos ipês brasilienses apolíneos quanto dos mandacarus do Semiárido nordestino. Imagino a Amazônia, que conheço apenas de documentários, fotos e reportagens pela imprensa. Fui a Belém apenas uma vez, e, como bom turista incidental, tive ideia da riqueza cultural da região no Mercado Ver-o-Peso. Coisa de turista para se ver, é verdade. Aí entra uma simples reflexão. Posso ser até pueril. Quem sabe, se nós, brasileiros, tivéssemos interesse mínimo sequer por nossa natureza, compreendêssemos o porquê da mácula ecológica do Brasil no exterior. Esse escândalo do desaparecimento do indigenista brasileiro e do jornalista inglês, nos mata de vergonha. Ser conspurcado nas manchetes dos principais jornais do mundo, na mídia internacional comprometida com a consciência ecológica, arrasa o senso de qualquer cidadão consciencioso. Ter um presidente repleto de mesquinharias para inutilizar ou deformar a ideia de mundo verde em pleno século que aspira limpidez, é de nos envergonhar tupiniquins. Um presidente que estufa o peito para dizer que alimenta um bilhão de pessoas no mundo, tendo 33 milhões de famélicos em seu território, é defender a ecologia da fome.
Eduardo Pereira
Jardim Botânico
Mercenário
Li a reportagem sobre o "combatente" brasileiro que morreu na Ucrânia: o gaúcho André Hack Bahi. Permita-me discordar: ele não foi um "combatente". O qualificativo para ele é outro: "matador de aluguel", ou seja, um mercenário. Sinto muito pela família dele, mas não por ele. Que eu saiba, ele nunca se importou nem chorou pelo assassinato de 15 mil ucranianos de etnia russa que viviam na região de Donbass. Ele não escolheu "o lado que estava sendo ameaçado". Ele escolheu o lado dos soldados do neonazista Zelesnky, vassalo dos Estados Unidos, porque a profissão dele era matar para auferir dividendos financeiros.
Emerson Leal
Lago Norte
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