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Correio Braziliense
postado em 16/06/2022 00:01

Pesquisa

Pesquisa encomendada pelo Correio Braziliense (15/6), deu Lula e Bolsonaro quase abraçados, empatados, em Brasília. Sem novidades. Aqui e no Brasil, em geral. A terceira via continua sofrendo de impaludismo. Candidatos fracos, não amedrontam nem tiram o sono de Lula e Bolsonaro. A badalada e falante senadora Simone Tebet, agora com o tucano Tasso Jereissati para vice, estava entre 1 e 3%. Agora, caiu mais, está com 2,1%. Apenas Ciro Gomes sobe um pouco. Oscila geralmente entre 7,4, 8 ou 9 %Há meses que martelo, aqui e alhures, quem se atrever a enfrentar Bolsonaro e Lula, sairá chamuscado. São fatos. Não brigo com eles.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Eleições

Em 2000, George W. Bush venceu Al Gore em uma eleição judicializada, após o Supremo Tribunal americano dizer que a decisão sobre a recontagem dos votos da Suprema Corte do Estado da Flórida era soberana. No Brasil, a situação é inversa: o STF para tudo é acionado, o sistema de freios e contrapesos tem outra interpretação e a Justiça Eleitoral, em sua função administrativa, até acordo com redes sociais faz. No Brasil, torcemos para que as eleições deste ano não terminem judicializadas, não importa por quem. Sempre que se fala em Judiciário e no órgão máximo deste Poder, ou seja, no Supremo Tribunal Federal, a inspiração que logo vem à mente é a do modelo norte-americano. Muitas coisas as Cortes brasileira e estadunidense têm em comum, a começar pelo nome e a forma de ingresso. Mas há notórias diferenças e a principal delas é a que o STF americano é exclusivamente uma corte constitucional, que visa impedir que a União invada a competência dos 50 estados da federação, como aconteceu naquelas eleições presidenciais, em 2000. Essa é a palavra-chave: federação. Em Federalist Papers, Hamilton, Madison e Jay resenharam a Constituição dos EUA, aprovada na Convenção da Filadélfia em 1787 e, para nossa suprema inveja, em vigor até hoje, embora emendada. Nessa resenha, foram estabelecidos os parâmetros das então colônias em uma nova forma de governo, destacando a separação de poderes e a união entre elas, formando um ente maior, o qual chamavam de Federação, sob a forma de estados unidos, agora da América. Saía de cena uma confederação, unida por colônias totalmente soberanas, e entrava em cena a federação, preservando certa autonomia aos agora chamados "estados". No Brasil, o caminho foi justamente o oposto: havia um ente unitário, que se dividiu em vários estados (e até 1988 estávamos criando estado, como Tocantins) e em alguns territórios federais, hoje inexistentes. Na Constituição atual, compete à União legislar sobre determinadas matérias exclusivamente, como direito civil, penal, processual, trabalhista e etc., além de matérias concorrentes com estados, municípios e o Distrito Federal. Curiosamente, criamos até um tribunal para uniformizar a lei federal em todo o país: o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nos Estados Unidos, a ideia de um STJ é inviável e, como diz um amigo meu, promotor de justiça, é até função da Suprema Corte de lá impossibilitá-lo. Brasil e Estados Unidos, tão parecidos e, ao mesmo tempo, tão diferentes!

Ricardo Santoro,

Lago Sul

Doações

Na vida, para tudo há uma causa original: Deus. E pode-se traçar uma sequência lógica a partir disso. Se Deus existe, também existe uma missão. Se o homem tem uma missão, qual é ela? Descobrir que é fazer o bem. Geralmente as pessoas são completamente avessas a exposição, mas há exceções. Afinal, não há sentimento melhor que fazer o bem. Podemos doar qualquer coisa, seja por volume financeiro, alguns bens e vale até um carinho presencial. Se conseguirmos convencer uma outra pessoa a doar, esse bem se multiplica por dois. E, se esse novo doador conquista o coração de outros, essa multiplicação se torna algo de crescimento exponencial. Quando encontramos pessoas com condições de fazer diferença, sempre percebemos que ela tem sentimentos bons. Contudo, há uma corrupção social muito grande causada pelo egoísmo. É preciso uma campanha sobre o altruísmo. Muitos dizem que o governo precisa incentivar mais, por meio de isenções fiscais. Digo: Esqueça o governo! Faça o seu dever! Se cada um de nós fizer a sua parte, já bastará para termos um mundo melhor. A falta de uma cultura de doação no país nos coloca numa situação desprivilegiada em relação ao resto do mundo. Mesmo nessa condição, o brasileiro tem um sentimento fraterno e caridoso. É isso que nos motiva a sermos maiores espiritualmente. Toda pessoa que se preza trabalha pelo seu futuro e pelo de sua família. Qualquer um com um mínimo de responsabilidade sabe que precisa guardar algo para sua velhice. Então, é fundamental pensar: E o futuro da minha alma? Como estou cuidando disso? Se Deus existe, e eu tenho certeza inabalável de que sim, não posso ficar devendo a Ele. Em tempo: É comum os empresários criticarem o governo por não avançar nas graves questões sociais brasileiras, mas eles se dedicam pouco à filantropia, o que deveria ser obrigação moral no país.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

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