» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 21/06/2022 00:01

Alexandre Nero

O Sr. Alexandre Nero pode manifestar-se, evidentemente, como lhe permitem os seus conhecimentos e as suas ideologias. Mas, afirmar que o "(...) Brasil está em um abismo político e moral" desde 2018, aí já é contrariar a realidade brasileira. Ao contrário do que ele afirmou, desde 2019, o Brasil entrou no bom caminho, apesar dos que querem sempre o pior para a nossa pátria. Ou será que estávamos no melhor dos mundos, política e moralmente, quando vivíamos na lama dos mensalões, dos petrolões e de outros inumeráveis "ões", na maior corrupção da história universal? O papel, como sabemos, suporta tudo, mas est modus in rebus.

Joares Antônio Caovilla,

Asa Norte

Ídolos

Há poucos dias tivemos Roberto Menescal, 84 anos, fazendo show aqui em Brasília. Como também João Donato, 86. Nesse final de semana Caetano Veloso, 79, retornou com sua turnê Meu Coco. Já tinha assistido com sua prole. Milton Nascimento, 79, anunciou a despedida dos palcos com A Última Despedida. Chico Buarque, 78, comunicou sua turnê Que Tal um Samba. Roberto Carlos, 81, é rotineiro em shows. Se não fosse a abominável pandemia, com certeza teríamos shows também de Paulinho da Viola, 79; Erasmo Carlos, 81; Tom Zé, 85; Benito de Paula, 80; Ney Matogrosso, 80; Bethânia, 76; Gal Costa, 76. O que há de comum nesse panorama é o anúncio de Cronos, o deus do tempo. Todos estão girando em torno dos 80 anos. Para cima, ou para baixo. Na intimidade costumamos falar: é, meu amigo, o tempo passa pra todo mundo. Mas há o diferencial. Esses homens e mulheres foram vocacionados para o não envelhecimento de suas criações artísticas. E são elas, suas criações, que nos rejuvenescem espiritualmente a cada momento que as apreciamos. Para quem preza, para quem tem bom gosto, para quem sabe reconhecer, indiferente de cores ideológicas, a canção Construção, por exemplo, de Chico Buarque, é uma obra prima musical com carpintaria literária. Dos artistas elencados, e muitos outros artífices do presente e do passado de nossa história musical, poderia eu pinçar uma ou mais obras tão geniais ou mais que a de Chico. É uma questão idiossincrática. O número 80 parece ser cabalístico em nossa música. Recentemente o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), homenageou o rock dos anos oitenta. É uma confluência daquela geração do rock com o biscoito fino oitentista da MPB. Poderia me estender para o plano internacional. Mas cito apenas Paul McCartney, que completou 80 anos no último dia 18, e está em plena atividade. Assisti à sua última apresentação no Mané Garrincha. Admirável.

Eduardo Pereira,

Jardim Botânico

Frases brilhantes

Um doce para quem descobrir quem proferiu essas frases: "O Brasil é um país de maricas"; "Agora virei boiola igual aos maranhenses"; "Isso que está aí é uma gripezinha"; "A Aids pode aparecer após tomar vacina contra a covid"; "Jesus não comprou uma pistola porque na época não existia"; "A mulher está 'praticamente' inserida na sociedade".

Paulo Molina Prates,

Asa Norte

Sugestão ao STF

Observando o Correio de domingo, na página 5, de Política, fiquei muito surpreso de ler que há 20.662 processos em tramitação no STF, alguns há 40 anos! Talvez até alguns interessados já tenham falecido! Qual o critério para irem em pauta? Antiguidade? Não sou da área jurídica, mas apresento uma sugestão, talvez ingênua. Que tal o STF organizar um concurso público somente para juízes (da ativa ou aposentados) com o intuito de os aprovados serem contratados para trabalharem assiduamente dez meses por ano em cinco anos seguidos, ganhando por produção, estudando os processos, preparando uma súmula bem detalhada e propondo uma decisão? Calculando: 20.662 divididos por 200 daria 103 processos para cada juiz contratado. Se cada juiz for trabalhar 50 meses, individualmente oferecerão uma proposta em torno de dois processos por mês. Logo, 2 x 2! 00 = 400 processos mensais. Como a Corte tem 11 ministros, creio que se eles receberem um estudo resumido de cada processo, com súmula nos padrões da Alta Corte, e minuta de voto, eles poderiam agilizar o trâmite naquela muito importante Casa.

Eugênio L. Jardim,

Cidade de Goiás (GO)

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