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Correio Braziliense
postado em 25/06/2022 00:01

E agora?

E agora, Jair? O jogo acabou. Ficou sem discurso. Colhe o que plantou. A CPI costuma destruir governos. Perdeu o carinho do povo. O Brasil agoniza. E agora, Jair? Você briga com a sombra. Inferniza e demoniza ministros do STF. Delira. Xinga jornalistas. Insulta jornais. Garante que não tem corrupção no governo. Como não tem, Jair? E agora, Jair, com a prisão do ex-ministro da Educação? Lascou-se, se o reverendo Milton abrir o bico. O brasileiro não tem paz. Ninguém aguenta ser ultrajado no preço da gasolina. E agora, Jair? Acabou o riso, Jair. O fim da linha está chegando. O povo não tem mais alegrias. A fome e a miséria destroem famílias. Debochou dos assassinatos do indigenista e do jornalista inglês. Em seguida, foi andar de motocicleta. Papelão, Jair. Foi omisso na compra das vacinas. Milhares de mortes poderiam ser evitadas. E agora, Jair? As esperanças do brasileiro fogem pelo ralo. Ninguém aguenta mais tantos desatinos e ódio. E agora, Jair?

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Quem diria?

Quem suspeitaria que um pastor evangélico negacionista, que anda armado, que afirmou que gays "vêm de famílias desajustadas" e que alunos com deficiência na escola "atrapalham" a aprendizagem dos colegas poderia estar envolvido com denúncias de corrupção no Ministério da Educação?

Francicarlos Diniz,

Asa Norte

Cautela

Sempre é necessário ter cautela e, nos tribunais das redes sociais, isso passa longe. O caso da menina de 11 anos grávida, em Santa Catarina, corre em segredo de Justiça, o que, por si só, deve levantar dúvidas sobre quaisquer informações obtidas, ainda mais vindas de um portal que teve sua idoneidade questionada tempos atrás. Novas investigações apontam que a conjunção carnal pode ter envolvido um garoto de 13 anos, próximo a ela e com quem teria mantido relações, segundo notícias do Yahoo e da Folha. Do ponto de vista jurídico, se isso for verdade, há precedentes judiciais em que relações sexuais entre menores com pouca diferença de idade e consentidas, sem abalos psicológicos, não configura ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável. É a chamada "exceção de Romeu e Julieta". Com isso, sem estupro, não haveria "aborto legal". Aliás, outra questão que merece ser corrigida e tem sido repetida equivocadamente é justamente esse uso do termo "aborto legal". O aborto em caso de estupro é excludente de punibilidade, e não excludente de ilicitude; portanto, continua sendo fato antijurídico e tipificado como crime. É claro que nosso Código Penal é antigo e muitas mudanças na sociedade aconteceram, inclusive com a jurisprudência preenchendo lacunas, como na ADPF nº 54, em que o STF permitiu o aborto de fetos anencéfalos sob o argumento de que, ali, não há vida possível e, por isso, não há o que se tutelar. Assim, a par de toda a Inquisição da internet, torçamos sobretudo para que essa menina se recupere de qualquer trauma que tenha sofrido.

Ricardo Santoro,

Lago Sul

Carro por aplicativo

Os prejuízos enormes e recorrentes de empresas como o aplicativo de transporte Uber e a startup de compartilhamento de escritórios WeWork começam a gerar dúvidas nos investidores. Afinal, se as grandes expoentes da nova economia estão sofrendo, o que será das outras? Os problemas dos gigantes, porém, não atemorizam novos empreendedores. Continuam a brotar startups para surfar a onda da economia de serviços. É o caso de negócios criados por profissionais habituados a setores tradicionais que veem nos aplicativos uma forma de cortar caminho até os consumidores. Um exemplo é a startup brasileira Mimic, de cozinha compartilhada, fundada pelo equatoriano Andres Andrade. O empreendedor equatoriano planeja popularizar as chamadas dark kitchens ("cozinhas escuras", numa tradução literal), especializadas na preparação de comida para aplicativos de entrega, como iFood, Uber, Eats e Rappi. As cozinhas compartilhadas são a mais nova tendência do ramo de serviços alimentícios. Esse modelo de negócios é mais rentável, pode vender por todas as plataformas ou até mesmo direto ao consumidor. O plano é ganhar dinheiro hambúrguer por hambúrguer.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

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