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Correio Braziliense
postado em 28/06/2022 00:01

Justiça social

Nosso interesse é avançar no desenho intelectual de um movimento que permita entrar na discussão e problematizar conceitualmente a seguinte questão: qual é o papel do Estado democrático de direito na promoção da justiça social? O planeta está empanturrado de gente com fome. Não é a justiça que faz os justos, são os justos que fazem a justiça. "Por outro modo de dizer as coisas, sem afetividade a andar de braços dados com a inteligibilidade não se chega ao ponto ômega da consciência e aí já não se tem a garantia da efetividade do Direito-justo" — alerta Carlos Ayres Britto, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e autor do livro O humanismo como categoria constitucional (2016). Acontece que, desde sua origem, três grandes direitos definiram a democracia, isto é, a igualdade, a liberdade e a participação nas decisões. Em outras palavras, só há democracia com a ampliação contínua da cidadania. A cidadania, nas chamadas democracias liberais, define-se apenas pelos direitos civis; numa democracia social real, ao contrário, amplia-se o sentido dos direitos, abrindo um campo de lutas populares pelos direitos econômicos, sociais e culturais, opondo-se aos interesses e privilégios da classe dominante. Não à toa, adverte a filósofa Marilena Chauí, em Democracia e sociedade autoritária: "Em outras palavras, a sociedade brasileira é oligárquica e está polarizada entre a carência absoluta das camadas populares e o privilégio absoluto das camadas dominantes e dirigentes. [...] A polarização entre a carência e o privilégio, expressão acabada da estrutura oligárquica, autoritária e violenta de nossa sociedade nos permitem avaliar o quanto tem sido difícil e complicado instituir uma sociedade democrática no Brasil e dar pleno sentido à cidadania" (Brasil: Estado social contra a barbárie, 2020).

Marcos Fabrício Lopes da Silva,

Asa Norte

Guerra

A guerra pode ser vista por variados ângulos. Para os lutadores, como participantes, como a convite e necessidade de estar ao seu redor numa tentativa de exterminá-la. Na perspectiva global, pode-se discutir que, planejada há bom tempo, do lado russo, segundo informações do Federal Bureau of Investigation (FBI, departamento de polícia) e órgãos de guerra dos Estados Unidos. Outra visão do conflito é a do lado ucraniano, que parece resistir, perdendo, mas sobrevivendo. Assim, tem-se uma guerra metódica, demorada, mas também com os cadáveres aparecendo e se espalhando.

José de Jesus Moraes Rêgo,

Asa Norte

Declarações

Excelentes e saudáveis declarações de três democratas, em seus respectivos segmentos de atividades, no Correio (26/6). O ministro do Supremo Tribunal Federal(STF), Gilmar Mendes, afirmou não ver clima para golpe de Estado e exortou o constante diálogo entre os Poderes. O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo(CNC), Roberto Tadros, declarou que "quando se remunera muito mal o trabalhador está condenado à escravatura". Para Tadros, o salário mínimo "é, de fato, mínimo". Condenou "o ranço ao lucro. É pecado ser rico. Se a empresa não tiver lucro, ela não pode distribuir renda", frisou. Por sua vez, o empresário pioneiro e político, Paulo Octávio, mostrou a pujança de suas 103 empresas voltadas para a modernização de Brasília, para a geração de empregos e melhor qualidade de vida para os brasilienses.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Corrupção

Para quem prometeu um governo sem corrupção, os escândalos nos ministérios da Saúde (compra de vacinas), da Educação, envolvendo o então ministro Milton Ribeiro e pastores com green card para acesso ao Palácio do Planalto, superfaturamento na compra de ônibus escolar, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), esses episódios ilustram o descompromisso do atual governo com as promessas de campanha e, para manter o estilo, com a verdade. Nem dá para imaginar os gastos com cartões corporativos, o tráfego de dinheiro para o Centrão, liberações sigilosas Os salários dos militares, principalmente dos generais, diretamente subordinados ao capitão, mais do que dobraram de valor. É uma farra fantástica com o dinheiro do povo, que enfrenta o desemprego, que vê o salário minguar com a inflação que a cada mês é maior. Enquanto isso, mais de 33 milhões de brasileiros passam fome. Entra e sai dia, este contingente de invisíveis não têm um grão para saciar a fome. Outros mais de 100 milhões formam o batalhão da insegurança alimentar. Além dessa farra, promovida pelo mais incompetente governo da República, ainda tem cortes no orçamento de áreas prioritárias, como educação, ciência e tecnologia e por aí vai. Se capitão não for reeleito, o futuro presidente amassará o pão que o diabo amassou com o rabo no inferno.

Paulo Américo Santos,

Águas Claras

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