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Correio Braziliense
postado em 21/07/2022 00:01

Miséria

A pandemia aumentou a miséria. Milhões de brasileiros não têm nada para comer. Pesquisas revelam números assustadores e cruéis. A fome e a miséria liquidam ilusões. Afrontam sonhos. Humilham o ser humano. A ausência de higiene, roupas, moradia e escola, aumentam a desesperança. Perpetuam a dor. Devoram famílias. Destrói o futuro. Desespera a alma. Crianças sujas, com fome e maltrapilhas choram ouvindo a avó agoniada dizer que não tem comida em casa. A aflição de pais desempregados esmaga corações. Doações escassas amenizam o sofrimento e a humilhação. Criança alimentada é feliz. Criança com fome é consumida pela infelicidade da miséria. Sem forte e urgente ajuda dos governantes, o quadro desalentador não será alterado. Quem tem fome não sabe o que é dia radiante. Desconhece bonanças. Só pede a Deus que os ventos dos anjos tragam pratos de comida.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Fome

Mamãe, responda-me com sinceridade a pergunta que vou lhe fazer: por que é que de uns tempos para cá ficamos muito tempo sem comer? Filho, você talvez não entenda, mas tentarei lhe explicar. Com a inflação fora de controle, os preços aumentam, o dinheiro perde o valor e pouco podemos comprar. Mamãe, e quem deveria controlar essa tal de inflação? Filho, é o ministro da Economia, senhor Paulo Guedes, mas ele pouco aparece e eu não sei o que se sucede. Mamãe, será que depois das eleições teremos comida todos os dias? Filho, é o que eu espero, mas eu queria que não repetisse o programa Fome Zero. Ah, mamãe, quanta saudade do tempo em que eu enchia o meu prato e ainda sobrava pra o nosso cãozinho e pro gato. Filho, aguardemos outubro. Fiquemos em oração. Ainda havemos de ter mesa farta de arroz, carne, verdura e feijão.

Jeovah Ferreira,

Taquari

Tiro no pé

O presidente Bolsonaro metralhou o próprio pé, ao convocar diplomatas para uma palestra de mentiras sobre a lisura das urnas eletrônicas. Brasileiros e estrangeiros sabem que ele é uma fábrica mentiras, de violência e de radical falta de educação para o trato de quaisquer questões. Pela primeira vez na história do país, um presidente convoca uma reunião com representantes de governos estrangeiros para falar mal do Brasil. A meu ver, o presidente precisa de um tratamento psiquiátrico. Quem tem um mínimo de lucidez sabe que o seu destino é o mais obscuro possível, devido aos desmandos, desgoverno e calúnias e injúrias proferidas nos últimos três anos e meio. Fora isso, há um enorme conjunto de decisões que exigem investigações profundas e as conclusões poderão dar a ele o mesmo destino dado a Lula, que ficou mais de 500 dias atrás das grandes, pelas farsas construídas por Sergio Moro e a molecada de Curitiba. Apesar da minha ignorância sobre a legislação penal, os filhos do presidente também não escaparão. Mas, no fim das contas, suspeito que Bolsonaro queria mesmo conquistar aliados para um eventual golpe Estado se confirmada, pela vontade dos brasileiros, a sua derrota em outubro próximo.

Gilberto Borba,

Sudoeste

Medicamentos

O Ministério da Saúde comunica lista de medicamentos vencidos: 3,75 milhões de vacinas pentavalentes; 2,75 milhões de spray para diabéticos; 88 mil ampolas de insulina; 4,16 milhões de medicamentos para tratamento da Aids. Tudo na calada da noite e — para variar — sob sigilo!

Thelma B. Oliveira,

Asa Norte

Saúde

Esta semana precisei ir a um posto de saúde da rede pública, acompanhando uma amiga. Sinceramente, ouço muita gente reclamando e garantindo que o sistema está caótico. Em alguns momentos atribui-se a reclamação à irritabilidade de quem está doente. Mas quando se chega a uma unidade de saúde, percebe-se que o paciente fica mais irritado com o serviço do que, propriamente, com o que lhe causa desconforto físico. É uma vergonha. O governador do DF anuncia que investiu milhões e milhões em obras públicas. Pelo visto, a saúde pública foi esquecida.

Maria do Carmo Barbosa,

Asa Sul

Lavrador

Um lavrador está diante do seguinte dilema. Conformar-se com a nuvem de gafanhotos verdes e amarelos que tomou conta da sua lavoura e está destruindo tudo, ou enxotar a atual nuvem para que ela seja substituída por outra de gafanhotos vermelhos que terminará a destruição. Esse lavrador é o eleitor brasileiro.

Túllio Marco Soares Carvalho,

Belo Horizonte (MG)

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