» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 23/07/2022 00:01

Paciente terminal

Negacionistas, homofóbicos, intolerantes e bolsonaristas membros da confraria das rachadinhas e das barbáries, lamentam informar que o governo Bolsonaro encontra-se entubado na unidade intensiva do gabinete dos horrores. O laudo médico acrescenta que o governo está respirando por aparelhos. O quadro político do paciente é grave. Remédios e ervas medicinais não suavizam o grave quadro clínico. Os desatinos e destemperos do presidente contra a segurança das urnas eletrônicas, sugerindo que pode haver golpe, na presença de dezenas de estupefatos embaixadores estrangeiros, foi a gota d'água. O mito de araque, mais uma vez, insistiu no jogo sujo. Estarreceu o mundo democrático, além de médicos e aliados do governo. Curandeiros palacianos não sabem mais o que fazer. Na tentativa de estancar o desesperador quadro clínico do paciente, que pleiteia a reeleição, preces e esperanças finais estão por conta dos pacotes de auxílio emergencial para trabalhadores, taxistas, caminhoneiros e desempregados, válidas até dezembro.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Fora dos trilhos

O presidente Jair Bolsonaro especializou-se, desde 2019, em criar confusão com o Supremo Tribunal Federal. Porque não foi eleito diretamente no primeiro turno, achou que houve fraude por suposta alteração nas urnas eletrônicas. Isso virou uma mania, mas até hoje nada provou. Pelo contrário, todos os órgãos especializados em tecnologia cibernética têm atestado que as urnas eletrônicas não admitem a mínima chance de fraude. Aliás, não estão submetidas à internet, o que poderia ser objeto de interferência de hackers ou outro meio fraudulento. A reunião com embaixadores de mais de 140 países foi o tiro que saiu pela culatra. Todos tinham entendimento pela licitude e inviolabilidade das urnas eletrônicas. Ficou a imagem de um presidente desesperado e isolado nas suas pretensões a inocular veneno em corpo imune, apenas com o propósito malévolo de lançar ofensa contra três ministros da Magna Corte. Por que tanta discórdia? O presidente Figueiredo que era durão e arrogante nunca saiu dos trilhos da liturgia do cargo.

José Lineu de Freitas,

Asa Sul

Eleitorado feminino

Mamãe, li um artigo e achei muito interessante, as mulheres brasileiras são maioria do contingente votante. Mamãe, vocês podem construir um novo Brasil. Não percam a próxima oportunidade. Não desperdicem seus votos, busquem capacidade. Mamãe, chega de populismo e demagogia. Chega de conversa fiada. Mamãe, salvem a nossa democracia. Mamãe, dá pra acabar com a fome, melhorar a educação, a saúde, dá pra acabar com o desemprego. A nossa gente precisa viver melhor. Precisa viver com mais sossego. Ah, mamãe! Se eu pudesse gritar pra todas as mulheres ouvirem o meu alerta, eu tenho certeza que elas fariam uma presidenta. Seria a coisa mais certa.

Jeovah Ferreira,

Taquari

Princípios

"Às vezes penso que nasci numa época errada, pois tenho princípios que se já perderam e amo coisas que já não se dá mais valor." Ao ler essas palavras da escritora Adélia Prado, fico pensando cá com os meus botões: será que estou sendo intolerante com o nosso presidente da República ao achar que ele foi indelicado e grosseiro ao chamar os brasileiros de maricas e os maranhenses de boiolas? Será errado eu pensar que Bolsonaro deveria ter mais fraternidade e empatia com os familiares dos mais de 670 mil mortos pela covid? É errado eu achar que o presidente deixou os brasileiros envergonhados e constrangidos por sua atitude de convocar os embaixadores estrangeiros para falar mal de nossas instituições e dos ministros de nossa Suprema Corte? Será que é antiquado e careta eu pensar que o atual presidente da República deveria ter mais compostura, tolerância, sobriedade e autocontrole no exercício de seu cargo? Afinal, como supremo mandatário da nação, se espera que ele seja alguém que inspire confiança e respeito em suas altas funções como presidente da República.

Paulo Molina Prates,

Asa Norte

Violência

As forças de segurança pública promoveram mais uma chacina no Rio de Janeiro. O ataque foi no Morro do Alemão. Até o início da tarde de ontem, 18 pessoas foram executadas pelos policiais, entre eles, um policial militar, talvez, morto pelos bandidos. A polícia diz que 16 mortos estavam associados ao crime. Mas na manhã de ontem, uma senhora levou tiros na cabeça, quando saia com a intenção de comprar pão. Dizem que o policial se assustou, pois ela estava saindo por beco, e atirou (na cabeça). Os veículos de comunicação informam que essa é, até agora, a quarta maior chacina protagonizada pela polícia carioca. E, pelo saldo de mortos, todos os policiais foram elogiados pelo presidente da República. Interessante é que a operação foi para desfazer uma quadrilha de ladrões. Será que esse tipo de ação é a mais adequada, sobretudo por colocar em risco a vida de inocentes? Será que a polícia carioca não dispõe de bons investigadores e serviço de inteligência, para alcançar o chefes das gangues? Ou será o objetivo real e inconfessável é mesmo chacinar quem vive em condições precárias?

Raphael Weiks,

Águas Claras

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags