» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 26/07/2022 00:01

Inverdade

Já se disse que o que é bom para o States é bom para o Brasil. Nem tanto. Os acontecimentos de 2021 estão sendo replicados entre nós: ameaças, mentiras, estímulo à violência com armas. Trump está sendo imitado aqui, pela incitação a manifestações de hostilidade, insurreição contra as instituições e ataques à democracia. Lá, tudo culminou na invasão ao Capitólio e, aqui, ressoa em incitações à desordem com ameaças infundadas — pois não comprovadas. As ameaças, as dúvidas e comentários mentirosos têm sido a tônica da extrema direita, sem pudor e sem provas. Como diz Zé Carlos Vieira: esse povo precisa de uma vacina antirrábica. Antes que a democracia tropece em tantas mentiras e ameaças. Só temos duas escolhas, segundo Millôr Fernandes: ou a obediência civil ou a desobediência militar.

Thelma B Oliveira,

Asa Norte

Desespero

A certeza da derrota potencializa a violência nata do presidente da República. Busca, por todos os meios, envolver as Forças Armadas, órgãos de Estado, e não de propriedade privada, nos delírios pela retomada da ditadura militar. Custo crer que um marechal, um almirante e um general, que comandam as três forças, vão compactuar com os desvarios de um sociopata, que sabe muito bem que, ao deixar a Presidência, terá muito que prestar contas à Justiça. Seria uma aberração inominável para aqueles que juraram morrer pela pátria. O presidente não é pátria nem tem patriotismo algum, tendo em vista a tragédia social e econômica que o país se encontra. Pessoas com formação dos ocupantes do primeiro escalão das Forças Armadas, suponho, não podem ficar inebriados com a falácia de um tenente que saiu pelas portas dos fundos do Exército, muito menos passarem atestado de incapacidade.

Gilberto Borba,

Sudoeste

Verdade

A verdade é única (hummm), é a velha contrafação de sempre, Lula foi solto, segundo afirma o seu sistema militante de apoio, porque traz "o bem e a esperança para o país". Só por causa disso? Sim, só por causa disso, não se julga necessário dar nenhuma outra razão. É o que dizem seus sectários. Não há surpresa alguma aí. O Brasil se acostumou, há anos, a ver os grandes cérebros da nossa política transformar os interesses particulares do ex-presidente em necessidade nacional, se isso ou aquilo diz respeito a Lula, acham eles, então tem de dizer respeito a todos. Lula não esteve preso 580 dias, por ser uma "figura histórica", ou porque poderia levar o Brasil para cá ou para lá. Ele ficou preso porque é ladrão, segundo resolveu três instâncias da Justiça brasileira, em que o processo foi julgado. Não é uma opinião. Quem disse que Lula é ladrão são os autos, as testemunhas, a exibição de fatos e as provas apresentadas. Mais que tudo, ele foi condenado num processo impecável do ponto de vista legal, seria difícil encontrar algum outro caso na história da Justiça penal brasileira em que as exigências da lei para punir alguém tenham sido obedecidas com tantos extremos de cuidado. Seu direito de defesa foi exercido na mais absoluta plenitude, não lhe foi negado rigorosamente nada, no incomparável arsenal de facilidades que a Justiça brasileira oferece a réus que tem milhões para gastar com advogados. Após, todo esse rally jurídico e gastos enormes no decorrer do processo, foi batido o martelo com a condenação do ex-presidente Lula. No entanto, surgiu uma nuvem branca, no Supremo Tribunal Federal (STF), o conhecido Jardim do Éden dos onze deuses. A referida nuvem branca foi recebida e absorvida pelo ministro Edson Fachin e este, despachou para os céus de Curitiba, mais especificamente para a carceragem da Polícia Federal (DPF), e lá, foi derramado as gotas de cristais de gelo, purificando o cálice de vinho e a hóstia do detento e, por consequências, anuladas as condenações de Lula. Em tempo: Judas, cursou direito?

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Tristeza

Amanhã será dia de luto e tristeza para o MDB. Com trajetórias de vitórias nas urnas e em memoráveis lutas democráticas, o partido de Ulisses Guimarães, José Sarney, Renan Calheiros, Severo Gomes, Michel Temer e Teotônio Vilela, perderá muito do seu significado e da sua importância política, sacramentando a senadora Simone Tebet candidata à Presidência da República. A candidatura de Tebet não decola. Não agrega votos nem sensibiliza eleitores. É um quadro amarelado, na parede, diria Drummond. O MDB será exposto ao vexame nacional. Será a confirmação da inutilidade política, do jogo medíocre do amadorismo e da falta de votos. Nessa linha, a ainda senadora mete os pés pelas mãos, piorando a situação eleitoral dela que já é ruim, afirmando que os políticos do MDB contrários a candidatura dela "têm cheiro de naftalina". Neste caso, a destrambelhada Tebet também está em desvantagem, porque não fede nem cheira.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

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