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Correio Braziliense
postado em 01/08/2022 00:01

Displicência

Costuma-se dizer que o brasileiro só coloca cadeado depois da porta arrombada. A displicência ante o perigo seria um traço de personalidade da maioria do povo. Parece ser verdade, diante da destruição do meio ambiente. Ninguém protesta ou vai às ruas cobrar responsabilidade das autoridades. O desmatamento, as queimadas, os garimpos e outras agressões estão diretamente associados aos eventos climáticos extremos, que levam a temporais e secas inimagináveis. Os danos começam com a perda de vidas e a destruição do patrimônio público e individual. A recuperação nunca ocorre com celeridade e, na maioria das vezes, são deixados pra lá. Os atingidos pelas enchentes não conseguem se recuperar da tragédia facilmente. Ficam sem casa e sem condições de ter outra. Os empresários têm perdas tão grandes que são irrecuperáveis. Alguns passam de patrão à condição de desempregados em busca de oportunidade no mercado de trabalho. Não estamos dando a atenção necessária às recorrentes advertências dos cientistas, dos biólogos e dos climatologistas, mesmo com as tragédias diante dos nossos olhos. Estamos sendo descuidados com a nossa vida e com a de todos que queremos bem. Não conseguimos perceber a dimensão desses alertas da natureza sobre o que poderá vir em proporções imensuráveis. Se continuarmos apáticos com a destruição das nossas florestas, do cerrado, de outros biomas, além dos rios, nascentes e mares, talvez não tenhamos tempo de colocar o cadeado e estancar a sangria ambiental.

Joana de Paula Silva

Lago Oeste

Metamundo

Supõe-se que a tecnologia venha para facilitar a vida em sociedade. Apesar disso, não foram poucas as vezes em que ouvi a frase "a informática nasceu para resolver os problemas que nunca existiram". Se o século 19 teve como mal a depressão e a tuberculose, no alarde dos poetas românticos, não seriam a ansiedade e o estresse os Males do Século 21, trazendo a literatura à realidade? É tanto acesso à informação de duvidosa origem, que o homem moderno fica louco. O "navegar é preciso" de meio milênio atrás hoje dá lugar ao "respirar é preciso". O telefone celular é o aparelho mais importante do nosso bolso, quiçá até do que a chave do carro, e com certeza mais importante do que a carteira (se duvida, pergunte ao ladrão o que ele prefere na hora de te assaltar). O que esperar disso tudo? Respostas: fake news; pessoas sentadas em restaurantes mudas e afastadas de suas companhias, embora próximas de seus celulares e de seus equidistantes; cardápios on-lines no QR Code, péssima herança da pandemia; crimes virtuais em alta; legislações cheias de termos atípicos, como a Lei Geral de Proteção de Dados; por fim, uma proliferação de aplicativos. Tudo agora é por intermédio dos "apps". Não se faz mais nada por sites, tampouco presencialmente. Temos, agora, que baixar "app" para tudo. E se meu celular não comportar tanto aplicativo? Serei obrigado, um dia, a ter dois ou três aparelhos e até mesmo a ter "app" de posto de gasolina e de supermercado para ganhar desconto? Hoje em dia é só para desconto, amanhã será para fazer uma simples compra. E para entrar em eventos? Também. Outro problema é a profusão de robôs e logaritmos: o controle das máquinas tem gerado dificuldade em solução de problemas em qualquer atendimento virtual, pois não se fala diretamente com um ser humano mais. Se eu, hoje com 35 anos de idade, vivenciei a evolução da informática e dos smartphones e tenho razoável facilidade para compreender esse funcionamento, já me estresso com isso, o que dirá a geração dos meus pais e avós?! Como é um caminho sem volta, desejo aos mais novos boa sorte, mas peço calma e paciência com quem está sendo jogado à revelia neste metamundo.

Ricardo Santoro

Lago Sul

Disputas

Nas brigas e disputas para formações de chapas/coligações para a próxima eleição o que se percebe é que os interesses de grupos superam em distâncias cósmicas os reais interesses da nação. Pobre Brasil.

Vilmar Oliva de Salles

Taguatinga

Futebol

Digno de aplausos o trabalho do técnico Fernando Diniz. O Fluminense tornou-se um time competitivo, respeitado e elogiado inclusive por adversários. O futebol do tricolor das Laranjeiras é compacto, vistoso e objetivo. Com envolventes e primorosas jogadas ensaiadas. Como a que culminou no gol do Fluminense contra o Fortaleza. Os jogadores tratam a bola com personalidade, carinho e intimidade. Sob a batuta do craque Ganso. Diniz é estudioso defensor de táticas e evoluções que tragam mais qualidade ao jogo. Para Diniz, não basta vencer, é necessário que o time e os jogadores mostrem evoluções táticas que engrandeçam o espetáculo. Nessa linha, a meu ver, Diniz vai se credenciando para suceder o técnico Tite, depois da Copa no Catar.

Vicente Limongi Netto

Lago Norte

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