» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 05/08/2022 00:01

Falência

O Brasil está se tornando um pária em todos os sentidos, político, social, moral e até existencial. A violência chegou ao cúmulo da banalização e é estampada diariamente nas capas de jornais e revistas, no noticiário das TVs e emissoras de rádios, nas redes sociais e onde quer que o olhar e os ouvidos alcancem. Matam-se mulheres, meninas, jovens, bebês, idosos, pobres, gente de classe média, ricos, índios, ribeirinhos, nos campos e nas cidades. Não há mais parâmetro nenhum para se dizer que ainda existe uma ilha intocável contra a barbárie no Brasil. É o horror a nos esbofetear dia e noite. O estupro, o feminicídio, a homofobia, o racismo, o latrocínio, o parricídio, o filicídio, a violência no trânsito, a brutalidade das forças policiais, que supostamente existem para defender os cidadãos, qualquer um desses crimes hediondos que vemos ser praticados por gente comum, milicianos, bandidos e policiais, contra tudo e todos, são normalizados hoje no país. Quando vão parar na Justiça, poucos são solucionados e, quando são, as penas aplicadas se mostram tão brandas que logo os assassinos estão soltos para continuar a barbarizar nas ruas, nas casas, em qualquer lugar, até dentro de igrejas. O Brasil entrou em falência múltipla de órgãos. Melhor desligar os aparelhos.

Jane Maria de Andrade Araújo,

Noroeste

Qualquer desatenção

Li a coluna Visto, lido e ouvido, em que Circe Cunha aborda a possibilidade de Lula ser eleito em outubro ou novembro próximo. Acontece que o atual inquilino do Planalto faz as mesmas atitudes e coisas até piores do que o Lula fez. Ou ela não vê, ou finge que vê, o que está acontecendo no atual cenário político, com o Congresso comprado com o orçamento secreto? Sim, nós temos sim uma simbiose de personagens que vai de Macunaíma, Pedro malasartes, Saci Pererê e mula sem cabeça na atual gestão. Tudo que ele prometeu está invertido. Realmente, esse é um autêntico camaleão político, astuto e cheio de artimanhas. Onde já se viu acobertar malfeitos por 100 anos? Uma eventual continuação desse desgoverno que está aí, será a continuação do pior governante que o Brasil teve desde a redemocratização. Qualquer desatenção diga e faça um "não" bem grande para isso não acontecer por mais quatro anos.

Walber Martins,

Brasília

Mundo da Lua

Fiquei espantado com o teor da coluna Visto, lido e ouvido, da sua edição desta quinta-feira (4/8). A articulista se dedica a desancar um antigo governante, e termina o seu bolodório vaticinando que "Com ele de volta estarão em pauta também todos os velhos truques do passado, desde a compra de parlamentares, passando pelo aparelhamento e pilhagem das estatais e todo o velho esquema de parcerias..." Ora essa, é intrigante, em que planeta habita essa criatura — será no "Mundo da Lua"? Pois com licença do autor Marcelo Tass, "Nunca antes na história deste país", se viu tanta degradação e bandidagem como a que impera no nosso atual desgoverno, que esmaga, sem dó nem piedade — até a morte (Viva a cloroquina!) —, o infeliz povo brasileiro.

Lauro A. C. Pinheiro,

Asa Sul

Incerteza

"No Brasil, até o passado é incerto." Essa frase atribuída ao ex-ministro da Fazenda Pedro Malan se aplica bem à insegurança jurídica do país atualmente. O ambiente político, institucional e social está cada vez mais corroído pelas incertezas que rondam a aplicação de leis e normas, deixando em dúvida o entendimento não só do futuro, mas do presente e até mesmo do passado. Nossos legisladores aprovam leis cujo texto não tem a clareza necessária e, muitas vezes, não contam com base constitucional. Há uma produção exagerada de leis, códigos, medidas provisórias e outras regras que se amontoam diante dos cidadãos. Considerado o principal guardião da estabilidade da legislação, promotor da pacificação social e garantidor da ordem, o Poder Judiciário tem se tornado um fator de insegurança jurídica, ao questionar leis aprovadas pelo Congresso Nacional. Julgamentos díspares em casos similares, interpretações erradas, mudanças bruscas de entendimento, morosidade e o excesso de processos, pioram o quadro. Em muitos casos, as sentenças são aleatórias, arbitrárias ou mostram a preferência do magistrado. Em muitas decisões, o interesse de burocratas e governantes se sobrepõe aos direitos dos indivíduos. De forma geral, a insegurança jurídica eleva os conflitos políticos. Partimos da premissa de que um firme compromisso do próximo ocupante do Palácio do Planalto com a segurança jurídica do país será crucial para que a economia brasileira alcance seu pleno potencial de crescimento, propiciando progresso e justiça social para todos os brasileiros.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

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