Mudanças Climáticas

Artigo: O efeito estufa veio para ficar na vida humana e não humana

A ideia é tornar esses efeitos menos danosos, por exemplo, evitando que a população construa moradia em terrenos inclinados ou de vegetação rala, facilmente sujeitos a erosões e perda de sustentabilidade

Correio Braziliense
postado em 19/12/2022 06:00
 (crédito: Jürgen Jester por Pixabay )
(crédito: Jürgen Jester por Pixabay )

ALDO PAVIANI - Geógrafo e professor emérito da Universidade de Brasília

As mudanças climáticas geram expectativa no mundo todo, ao menos no mundo que está sob os efeitos adversos que acontecem na natureza, catástrofes ambientais como enchentes calamitosas ou secas que esturricam o solo e a vegetação, além de eliminar animais que sobrevivem nesses territórios. Santa Catarina foi o estado onde morreram pessoas, vítimas do deslizamento de encostas levando de roldão todos os veículos que passavam pelo local, automóveis e caminhões e seus ocupantes. Aliás, nesse estado têm acontecido tragédias ambientais por causas pouco conhecidas como tufões e chuvas que provocam enchentes com vítimas.

Todavia, enchentes havidas deixaram cidades com pessoas com água acima do joelho como apareceu em vídeo na internet. Também aconteceram fenômenos meteorológicos adversos em Santa Catarina como tornado, em área rural sem vítimas. Nada a fazer quando o território é acometido pelas ondas adversas do tempo, sobretudo quando se manifesta sob o efeito de chuvas intensas por muito tempo ou por secas que eliminam animais e plantas. Nesses casos, os governos destinam um paliativo sob a forma de recursos financeiros que permitem aos atingidos refazer parte do que foi destruído. Então, a ideia é tornar esses efeitos menos danosos, por exemplo, evitando que a população construa moradia em terrenos inclinados ou de vegetação rala, facilmente sujeitos a erosões e perda de sustentabilidade. Essas iniciativas são de difícil implementação porquanto as habitações são erguidas sem o habite-se de instituições governamentais.

Em certas cidades, não há órgão responsável para liberar habitações, na urgência com que são construídas, pois as pessoas as erguem com a pressa que o tempo chuvoso exige. A população não deseja morar em lugares improvisados, como sob um viaduto ou via elevada, onde não precisa erguer um teto, já construído na forma da pista de circulação de veículos. Mas há o risco do ruído que a passagem de veículos ocasiona.

O exemplo é o minhocão na cidade de São Paulo, sob o qual moram famílias, que não encontraram outro lugar para morar. A moradia nunca teve um programa continuo de construção, sobretudo a chamada casa popular. Quando havia, eram casas enfileiradas parecendo um gigantesco pombal para seres humanos. A minha casa, minha vida surgiu para resolver o problema, mas sua continuidade parece ter sido amortecida ao tempo da pandemia, mas precisa ser revitalizada para que as pessoas tenham um teto seguro. Veremos com o tempo se isso vai continuar ou permanecer no passado.

Retornando ao tema do título, será difícil prever desastres ambientais, mas a Defesa Civil poderia ser acionada, antes dos eventos e durante o ano todo para que a divulgação possibilite à população ficar alerta e para que antecipem medidas para minorar os eventos a serem previstos. Com isso, todos se acautelariam em razão das tragédias que poderiam ocorrer. Nesse caso não teríamos perdas materiais e pessoais a lamentar. Divulga-se na mídia eletrônica que "o efeito estudo tem sido agravado pela emissão de gases poluentes na atmosfera, aumentando o aquecimento global e suas consequências nos últimos 50 anos".

Pensa-se que não apenas nesse meio século, como referido, mas desde a Revolução Industrial, sobretudo nos países europeus consumidores de combustíveis fósseis, especialmente o carvão mineral. Essa plataforma continua "... o efeito estufa é responsável por manter a Terra aquecida por meio da retenção do calor emitido pela radiação solar". O sol se mantém a quase 15 milhões do planeta, e se mantém estável em seu percurso e a vida em nosso sistema. Todavia, nossas ações constantes há mais de 200 anos vêm aquecendo a superfície terrestre a ponto de prever o aumento do nível dos oceanos pelo derretimento de placas de gelo das duas calotas polares.

Que fazer para deter o efeito estufa? É uma pergunta que os cientistas se fazem. E a resposta também está no meio eletrônico, pois segue com o argumento de que "... o efeito estufa em si não seria um problema — pelo contrário, ele é benéfico. O volume da emissão de gases do efeito estufa em excesso e o que desequilibra o processo de aquecimento da Terra". Assim, a redução dos gases seria recomendável em todos os países industriais para o equilíbrio do sistema. Ou se faz isso, ou se aceleram os voos extraterrestres à procura de outras partes do cosmo para nos servir de habitat.

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