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Opinião

Visão do Correio: Perspectivas para o mercado da carne

Segundo uma pesquisa da SkyQuest, o mercado global de alimentos veganos deve ultrapassar US$ 34 bilhões até 2028 por conta da conscientização de consumidores sobre o sofrimento e as condições de bem-estar de animais na indústria pecuária

 Crédito: Reprodução/ABCZ. Eixo Capital. Gado nelore comercializado em leilão do governador  -  (crédito:  Reprodução/ABCZ)
Crédito: Reprodução/ABCZ. Eixo Capital. Gado nelore comercializado em leilão do governador - (crédito: Reprodução/ABCZ)
postado em 13/02/2023 06:00

Aumento nos custos de produção, guerra no Leste Europeu, instabilidade na exportação de carne bovina, crise mundial de logística, consumo sustentável que exige mais das fazendas, e transição do governo federal, enfim, o mercado da carne no Brasil tem sofrido uma série de impactos e transformações neste início de 2023. Aliado a isso, a concorrência de produtos veganos também interfere, de forma indireta, na disputa de mercado. Cada vez mais, os consumidores têm preferido opções vegetais, motivados por uma variedade de fatores, incluindo as preocupações com a saúde, o meio ambiente e o bem-estar animal.

Segundo uma pesquisa da SkyQuest, o mercado global de alimentos veganos deve ultrapassar US$ 34 bilhões até 2028 por conta da conscientização de consumidores sobre o sofrimento e as condições de bem-estar de animais na indústria pecuária. Embora todos esses fatores pareçam remar contra a maré, os empresários do setor atestam um reaquecimento da pecuária, com destaque para a picanha tradicional, o peito de frango e entre os cortes suínos, a copa lombo. Passadas as festas de fim de ano, os preços médios da carne — frango, boi e porco — têm demonstrado uma queda, ainda que pouco significativa, na maioria dos frigoríficos brasileiros de até 10%.

Para este ano, os representantes da cadeia produtiva — produtores, fornecedores, pecuaristas — estão otimistas, principalmente a iniciativa privada, que espera ampliar o mercado de exportação, após a pandemia, que incluiu eventos negativos como o intervalo de 110 dias, em 2021, quando a China suspendeu a compra de carne bovina brasileira em decorrência de um caso de "mal da vaca louca" (encefalopatia espongiforme bovina), não transmissível.

Outros fatores que contribuem para esse otimismo são as experiências vivenciadas durante a pandemia, os altos e baixos do mercado e o entendimento dos empresários quanto à necessidade de estar cada vez mais próximos dos clientes, entendendo cada fase do processo produtivo — desde o trato dos animais, com monitoramento frequente, evolução genética e investimentos em rebanhos relativamente jovens (até 30 meses); passando pelo uso de insumos tecnológicos; até chegar ao atendimento de públicos diversos, a exemplo do mercado varejista, da alta gastronomia, de exportação e mesmo o consumidor final.

Como referência mundial em produção e comercialização de carnes, com recordes de exportação para os Estados Unidos, o Brasil ainda enfrenta desafios como o equilíbrio das vendas entre as partes traseira e dianteira do boi, já que a primeira é muito mais rentável que a segunda. Além disso, a ampliação de novos mercados, em países como Japão, Coreia, Indonésia, Vietnã e México é uma necessidade. Com o mercado interno já garantido, 2023 será um bom ano para investimentos no mercado externo.

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