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Opinião

Visto, lido e ouvido: Pela beirada

A França, outrora a mais representativa nação a propagar os valores da cultura ocidental, com seus libelos de liberdade, igualdade e fraternidade vem, particularmente, sofrendo uma erupção interna deflagrada por aqueles a quem acolheu e deu abrigo e, em muitos casos, a cidadania plena

O presidente francês Emmanuel Macron fala com funcionários durante uma visita à Mathis, uma empresa especializada em grandes edifícios de madeira, em Muttersholtz, leste da França, em 19 de abril de 2023.  -  (crédito: Ludovic MARIN/POOL/AFP)
O presidente francês Emmanuel Macron fala com funcionários durante uma visita à Mathis, uma empresa especializada em grandes edifícios de madeira, em Muttersholtz, leste da França, em 19 de abril de 2023. - (crédito: Ludovic MARIN/POOL/AFP)
Circe Cunha (interina)
postado em 23/04/2023 06:00

Mídias sociais mostram culturas diversas invadindo a Europa. Com cidades importantes do Velho Continente, uma verdadeira onda de protestos e paralisações ameaçam varrer o que ainda resiste de cultura Ocidental. A França, outrora a mais representativa nação a propagar os valores da cultura ocidental, com seus libelos de liberdade, igualdade e fraternidade e que deu impulso ao surgimento dos estados contemporâneos, vem, particularmente, sofrendo uma erupção interna deflagrada, justamente, por aqueles a quem acolheu e deu abrigo e, em muitos casos, a cidadania plena.

As manifestações de populações muçulmanas contra as tradições e a cultura local ameaçam não apenas a França que conhecemos por meio de Montesquieu, Balzac, Victor Hugo, Voltaire, Curie, Beauvoir, Sartre e uma infinidade de outros nomes ilustres, mas a França berço de nossas tradições mais caras. Agora, em Portugal, as pressões que essas comunidades estrangeiras têm feito para, inclusive, substituir as leis seculares pela sharia ou a lei islâmica, com base no Alcorão, vem aumentado seus ecos de forma assustadora. A população muçulmana em alguns países europeus e no continente em geral pode triplicar até 2050, representando até 14% do total, diz pesquisa do instituto americano Pew Research Center.

Relatos de agressões se multiplicam a cada dia. Esse mesmo fervor baseado no radicalismo religioso, aos poucos vai se espalhando por outros países, numa espécie de revival das cruzadas que, dos séculos 11 ao 13, opuseram cristãos e outros povos do Oriente, pela libertação da Terra Santa.

Trata-se, não exatamente de um mundo novo nem tampouco admirável, ante a inércia e o imobilismo impostos pela letargia, de aproveitar as brechas para migrar entre as rachaduras expostas de nossa cultura.

Não por acaso, dentro desse cenário de distopias, as igrejas cristãs vêm sofrendo uma série de ataques, com depredações de parte de nosso acervo sagrado, incêndios em templos, perseguições aos clérigos e aos crentes, e todo um movimento, mais vivo do que nunca, que visa destruir alguns dos mais importantes baluartes de nossa cultura. Nesse movimento de razia contra o Ocidente, nem mesmo as famílias escapam desses ventos loucos.

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