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Visão do Correio

A vez dos temporários

De acordo com os especialistas, o aumento deve ser de 5,6% nas vendas, em comparação ao ano passado, com a contratação de 108,5 mil trabalhadores temporários somente no comércio — número inferior apenas ao contabilizado há 10 anos, época em que foram abertas 115,5 mil vagas

O levantamento do Sindivarejista apontou que o gasto médio dos clientes passou de R$ 221, em 2022, para R$ 252 neste ano -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
O levantamento do Sindivarejista apontou que o gasto médio dos clientes passou de R$ 221, em 2022, para R$ 252 neste ano - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
postado em 13/12/2023 06:00

Fim do ano chegando e, enquanto uns estão às voltas com as compras de Natal, outros seguem focados nas vagas temporárias. Este ano, as expectativas são muito boas. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que a oferta de empregos temporários, neste período, deverá ultrapassar a média registrada desde 2013. De acordo com os especialistas, o aumento deve ser de 5,6% nas vendas, em comparação ao ano passado, com a contratação de 108,5 mil trabalhadores temporários somente no comércio — número inferior apenas ao contabilizado há 10 anos, época em que foram abertas 115,5 mil vagas.

Considera-se trabalhador temporário aquele contratado por um período máximo de 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. Embora seja um tempo relativamente curto, a lei também estabelece que esse profissional deve receber os mesmos direitos trabalhistas dos efetivos da empresa, como férias, décimo terceiro salário e FGTS, entre outros benefícios.

A projeção de efetivação dos colaboradores temporários após o Natal é de 14,2%, percentual superior ao do ano passado, quando foram efetivados 12,3% dos funcionários contratados. O setor que mais deve contratar é mesmo o comércio, seguido por hospedagem e restaurantes (63 mil), além da área de transportes (17 mil) e atividades culturais e outros (7 mil).

Os especialistas acreditam que essa maior oferta de vagas neste ano se deve ao "embalo" da Black Friday e das vendas durante todo o mês de novembro — embora os números não tenham sido tão bons como em 2022 —, além das festividades de fim de ano. Com o mercado aquecido, há uma expectativa de aumento dos negócios, o que faz com que as empresas ampliem o volume de vagas no verão.

Para suprir essa demanda, há vagas em diversas áreas e com início imediato. No caso de quem ainda não passou pela experiência do primeiro emprego, também existem oportunidades que não exigem pré-requisito.

Como sempre, o estado de São Paulo lidera a projeção: 81 mil vagas temporárias no fim de 2023, seguido por Minas Gerais (30 mil), Paraná (20 mil) e Rio de Janeiro (16 mil). A previsão para o DF é de 4,3 mil postos. Vendedores (em lojas ou mercados), auxiliares-administrativos e trabalhadores de manutenção de edifícios figuram entre os mais procurados neste período.

Oportunidades existem, e o profissional é posto à prova justamente quando ocupa esse tipo de vaga. É neste momento que as empresas ficam de olho naquele colaborador que demonstra dedicação e força de vontade. Estudar a história da empresa, entender o que ela representa no nicho e as possibilidades de crescimento podem contar pontos.

Que as boas perspectivas se confirmem e perdurem, para que 2024 seja um ano mais promissor na economia, com a efetivação dos empregados e abertura de mais vagas. Empresários e trabalhadores agradecerão.

 

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