Ministério da Justiça põe em leilão diamantes e barras de ouro de Cabral

As joias e barras de ouro 24 quilates são avaliados em mais de R$ 3,8 milhões e foram confiscados no âmbito de investigações contra o ex-governador fluminense

Agência Estado
postado em 28/07/2020 15:09
 (crédito: Jason Silva/AFP)
(crédito: Jason Silva/AFP)

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, vai leiloar nesta quarta-feira, 29, 15 diamantes e 5 lingotes de ouro de 4,5 quilos que pertenciam ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral. As joias e barras de ouro 24 quilates são avaliados em mais de R$ 3,8 milhões e foram confiscados no âmbito de investigações contra o ex-governador fluminense, hoje condenado a mais de 280 anos de prisão.

Os valores dos bens a serem arrematados vão de R$ 52 a 246 milhões, relativos a diamantes de 2 quilates e 4 quilates, respectivamente. Somados, os lances iniciais dos 20 lotes ativos chegam a pouco mais de R$ 3 milhões.

Conduzido pelo De Paula Leilões, o pregão será finalizado às 14h30 desta quarta. Caso os ativos disponíveis não sejam todos arrematados, um segundo leilão será realizado no dia 20 de agosto.

Segundo o MJSP, do total arrecadado com a venda dos bens, 40% do valor é destinado para estruturar e equipar as forças policiais responsáveis pela apreensão.

O outro montante é destinado ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad) que dispõe hoje de R$ 92 milhões para financiar, entre outros, projetos e ações de prevenção e de combate ao tráfico de ilícitos.

O leilão das joias e barras de ouro de Cabral é apenas um dos que a Senad realiza em julho. Além dele, foram planejados outros seis pregões virtuais em diferentes Estados: Acre, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Piauí e São Paulo.

De acordo com o secretário Nacional de Políticas Sobre Drogas, Luiz Beggiora, foram realizados 44 leilões em 2020 - levando em consideração os pregões deste mês. A meta do órgão do MJSP é realizar 100 leilões, arrecadando cerca de R$ 200 milhões.

Cabral está preso desde novembro de 2016 no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, quando foi detido pela Polícia Federal na Operação Calicute, desdobramento da Lava-Jato no Rio. O ex-governador é réu em mais de 30 ações penais e já foi condenado 13 vezes. A soma das penas contra ele já chegam a 282 anos de prisão.

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