Aras diz que é hora de corrigir rumos para que o 'lavajatismo não perdure'

Declaração foi rebatida por integrantes da força-tarefa da Lava-Jato e gerou polêmica

Renato Souza
postado em 29/07/2020 09:40
 (crédito: Antonio Augusto/Secom PGR)
(crédito: Antonio Augusto/Secom PGR)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, nessa terça-feira (28/7), que "é hora de corrigir os rumos para que lavajatismo não perdure". Em uma live com advogados, o chefe do Ministério Público afirmou que a prioridade é garantir direitos fundamentais, e que em a gestão dele vai atuar para acabar com o "punitivismo" no Ministério Público.

De acordo com Aras, é necessário resguardar os dados de 38 mil pessoas que estão em poder de forças-tarefas da Lava-Jato, para que as informações não seja utilizadas para "chantagem e extorsão". "

"Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure. Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais", disse Augusto Aras.

As declarações foram alvo de reação dos procuradores. Roberson Pozzobon, integrante da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná criticou a indicação de Aras pelo presidente Jair Bolsonaro. “A transparência faltou mesmo no processo de escolha do PGR pelo presidente Bolsonaro. O transparente processo de escolha a partir de lista tríplice, votada, precedida de apresentação de propostas e debates dos candidatos, que ficou de lado, fez e faz falta”, escreveu ele no Twitter.

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