O senador José Serra e a filha dele, Verônica Serra, viraram réus na Justiça Federal de São Paulo pela acusação de envolvimento em um esquema de recebimento de propina investigado no âmbito da operação Lava-Jato. De acordo com a denúncia, que foi aceita pelo Poder Judiciário, o parlamentar recebeu repasses ilegais para garantir contratos da construtora Odebrecht com órgãos públicos.
Serra foi prefeito de São Paulo, de 2005 a 2006, e governador do Estado entre 2007 e 2010. As investigações, conduzidas pela Polícia Federal apontan que ele foi alvo de pelo menos dois repasses de propina, sendo o primeiro pagamento de R$ 4,5 milhões e o segundo de R$ 23,3 milhões.
A Polícia Federal destaca, no relatório enviado ao Ministério Público, que o parlamentar era identificado pelo codinome "Vizinho" nas planilhas de pagamentos ilegais da empreiteira. O apelido foi dado por conta de Serra morar próximo de Pedro Novis, seu principal contato na empresa.
A denúncia afirma que Serra e Verônica praticaram lavagem de dinheiro nas obras do Rodoanel Sul, por meio de remessas de recursos para o exterior, entre os anos de 2006 e 2014. Por ter mais de 70 anos, a prescrição dos crimes cai pela metade, e o senador não responderá pelos crimes cometidos antes de 2010.
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