Gilmar Mendes: 'Se tivesse havido maior coordenação, teríamos muito menos mortes'

Ministro do STF volta a criticar a gestão do governo na pandemia do novo coronavírus no Brasil, que já ultrapassou 101 mil mortos pela doença

Sarah Teófilo
postado em 11/08/2020 17:28 / atualizado em 11/08/2020 17:28
 (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
(crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes voltou a criticar a gestão do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 101 mil pessoas no Brasil. "Certamente se tivesse havido maior coordenação, teríamos muito menos mortes do que tivemos, aí já com esse número macabro de 100 mil mortes", disse.

 

As falas foram proferidas em transmissão ao vivo promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), em debate sobre financiamento público e saúde em meio à crise. O ministro elogiou novamente o Sistema Único de Saúde (SUS), como fez em outros debates, frisando a importância de fortalecer o sistema de saúde universal. "Apesar de todos os problemas que tivemos, me parece que esse (SUS) foi um experimento institucional que deu certo", afirmou.

 

Gilmar Mendes comentou, ainda, sobre o cenário de desigualdade social no país. "Já naquele momento de distribuição dos R$ 600 (auxílio emergencial) surgiu a imagem muito negativa dos invisíveis, aquelas pessoas que existiam, que precisavam dos recursos, mas não estavam nos radares e nos registros oficiais. Então, nós precisamos enfrentar esta questão. A pandemia se tornou muito mais séria graças às más condições sanitárias do país. Moradias precárias, favelas...", disse.

 

Esta não é a primeira vez que o ministro critica a gestão federal no combate ao novo coronavírus. No último dia 30, por exemplo, em um seminário online também promovido pelo IDP, ele disse que o país vive uma grave crise na gestão do SUS. “Estamos vivendo crises de gestão muito graves na cabeça do próprio sistema, mas esse debate é importante e certamente nós teremos que analisar também responsabilidades nesse contexto muito confuso em que nós estamos inseridos”, afirmou.

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