Bolsonaro acompanha amanhã em SP partida de comissão ao Líbano

O local sofreu uma explosão no último dia 4, causada por problemas no armazenamento de cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que vitimou fatalmente mais de 160 pessoas e deixou outras mais de 6.000 feridas.

Ingrid Soares
postado em 11/08/2020 19:40 / atualizado em 11/08/2020 19:40
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro desembarca na manhã desta quarta-feira (12/08) em São Paulo, onde acompanhará a partida da comitiva brasileira em missão ao Líbano. O chefe do Executivo convidou o ex-presidente Michel Temer, descendente de libaneses, para chefiar a missão de ajuda humanitária a Beirute. O local sofreu uma explosão no último dia 4, causada por problemas no armazenamento de cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que vitimou fatalmente mais de 160 pessoas e deixou outras mais de 6.000 feridas.

A missão ao país árabe levará insumos médicos como respiradores mecânicos, e máscaras de proteção facial. A composição da delegação que irá ao Líbano foi divulgada ontem (11) no Diário Oficial da União (DOU) e é composta por 13 integrantes, além de Temer. Entre eles os senadores Nelson Trad Filho e Luiz Pastore; o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Viana Rocha, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf; o secretário de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África, Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega e o representante do Exército Brasileiro, Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira.

Temer é réu em dois processos relacionados à “Operação Descontaminação” da Lava Jato e, por essa razão, precisa de autorização judicial para sair do país. A autorização foi concedida pelo juízo da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro ontem (10), justificado pela "natureza humanitária da missão oficial". A previsão para a permanência da delegação é até o sábado (15), podendo ser prorrogado.

Na última semana, ao divulgar a missão, Bolsonaro falou sobre a importância da ajuda que será enviada.

"O Brasil é lar da maior diáspora libanesa no mundo, 10 milhões de brasileiros de ascendência libanesa formam uma comunidade trabalhadora, dinâmica e participativa, que contribui de forma inestimável com o nosso país. Por essa razão, tudo que afeta o Líbano nos afeta como se fosse o nosso próprio lar e a nossa própria pátria", apontou.

O presidente disse ainda que prepara o envio, por via marítima, de 4 mil toneladas de arroz para atenuar as consequências das perdas de estoque de cereais destruídos na explosão, além do envio de uma equipe técnica multidisciplinar para colaborar na realização da perícia da explosão.

 

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