Os parlamentares começaram a analisar diversos vetos a projetos sancionados pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta semana, em meio à tentativa de reafirmação da responsabilidade fiscal do governo, como preconiza Paulo Guedes. Mas o veto que poderá ser uma ferramenta útil para avaliar o nível de confiança nas promessas e na política econômica defendida pelo ministro da Economia é o da desoneração da folha. Se derrubarem, sinalizarão que não têm muitas expectativas, inclusive quanto às próximas etapas da reforma tributária prometidas pelo ministro.
A equipe econômica defende a manutenção do veto e promete, em troca, tratar do tema em um dos três projetos que seriam enviados para complementar a reforma, cuja primeira parte foi apresentada no mês passado. Segundo técnicos do ministério, a proposta seria ainda mais ampla que a do Congresso, que prorroga a desoneração da folha de 17 setores da economia até o fim de 2021 –– se o veto for mantido, acaba em 31 de dezembro deste ano.
Mas boa parte dos parlamentares não acredita na promessa do governo ou não está disposta a esperar para ver. O grupo inclui deputados e senadores de partidos variados, como PSB, Rede, PSDB, DEM, MDB, PSL e até PL e PP, aliados do governo. Alguns, já decididos a votar pela derrubada.
“A aliança com o Centrão pode não ser suficiente para barrar essa derrubada. Estão menosprezando a influência do Rodrigo Maia (presidente da Câmara)”, disse o senador Major Olímpio (SP), líder do PSL na Casa.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.