O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta segunda-feira (17/8), que o orçamento do país é carimbado e comprometido com despesas obrigatórias, o que implica em menos recursos para investimentos e em uma “briga grande” entre os ministros pelas receitas. A declaração ocorreu durante um discurso na solenidade de inauguração da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I, em Aracaju. Esta é a primeira visita do presidente ao local após as eleições.
“Nós sabemos que o nosso orçamento, em grande parte, ele é carimbado, ele é completamente comprometido com despesas obrigatórias. Sobra muito pouco e a briga é muito grande para que cada ministro consiga puxar um pouco desse orçamento para si para fazer alguma coisa”, justificou.
O chefe do Executivo apontou a iniciativa privada como aliada para a realização de projetos. “A iniciativa privada tem sido uma grande aliada nossa nessas questões, principalmente com os recursos vindos de fora”, completou.
Aglomeração
Mais cedo, na chegada ao aeroporto, Bolsonaro retirou a máscara que utilizava, desrespeitando regra municipal que obriga o uso do equipamento. Ele acenou para apoiadores que o aguardavam ao som de “mito”, distribuiu abraços e cumprimentos de mãos em meio a aglomeração de bolsonaristas.
Na cidade nordestina, o presidente voltou a utilizar um chapéu de vaqueiro, foi erguido por seguranças e voltou a acenar aos apoiadores. Bolsonaro fez gesto semelhante no último dia 30, ao visitar o Piauí. No aeroporto de São Raimundo Nonato, o chefe do Executivo colocou um chapéu de vaqueiro, montou em um cavalo em meio a uma aglomeração de apoiadores e retirou a máscara que utilizava. Na data, Bolsonaro também cumprimentou apoiadores com apertos de mãos.
Teto de gastos
Em live na semana passada, Bolsonaro admitiu que há uma articulação dentro do governo para que o Executivo aproveitasse o chamado orçamento de guerra, medida que flexibilizou os gastos públicos deste ano para garantir mais recursos especificamente para o combate à covid-19, para poder investir em obras públicas.
“A ideia de furar o teto de gastos existe, o povo debate, qual o problema?", disse. No entanto, um dia depois, Bolsonaro se justificou afirmando que “por mais justa que fosse a busca de recursos por parte de ministros finalistas, a responsabilidade fiscal e o respeito Emenda Constitucional do "Teto" seriam o norte do governo”.
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