Entre os denunciados está também o primo de Baldy, Rodrigo Sérgio Dias, que já foi presidente da Funasa. Ele já foi presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no governo de Jair Bolsonaro. No ano passado, ele foi nomeado diretor administrativo e financeiro da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo, com Baldy já no cargo de secretário de Transportes.
A investigação aponta envolvimento de ambos na intermediação da liberação de pagamentos para a organização social (OS) Pró-Saúde, que geria o Hospital de Urgência da Região Sudoeste (Hurso), em Goiás, entre 2010 e 2017. Com o atraso de pagamentos, Baldy e Rodrigo, segundo os investigadores, usaram da influência do secretário, que era Secretário de Comércio do Estado de Goiás, para que a OS recebesse os pagamentos.
Em troca, houve o pagamento de R$ 500 mil, negociado na casa de Baldy em Goiânia. Segundo investigação, ele teria requisitado o valor como caixa 2 de sua campanha a deputado federal, em 2014, e os valores foram pagos em dinheiro na capital de Goiás. A investigação também cita um pagamento de propina de R$ 900 mil ao ex-deputado federal, que teria relação com um contrato da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e R$ 250 mil para Rodrigo Dias, que já atuou no gabinete parlamentar na época em que Baldy era deputado federal.
A força-tarefa também identificou fraudes em licitações promovidas pela Junta Comercial de Goiás (Juceg) e pela Funasa por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo os investigadores, Baldy indicava aliados para o controle dos órgãos para que pudessem contratar a empresa, realizando o direcionamento de licitações mediante pagamento de propina.
Gravatas
No dia da prisão de Baldy, a assessoria o ato de "desnecessário e exagerado", afirmando que ele "tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão".
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