CORRUPÇÃO

Polícia Federal prende ex-donos da Avianca em nova fase da Lava-Jato

Empresários são suspeitos de pagar propina de R$ 40 milhões a altos executivos da Transpetro para obter vantagens em licitações

Hellen Leite
postado em 19/08/2020 09:48
 (crédito: Eisa/Divulgação)
(crédito: Eisa/Divulgação)

Os empresários German Efromovich e José Efromovich foram presos pela Polícia Federal nesta quarta-feira, (19/8), em uma nova fase da operação Lava-Jato, em São Paulo. Os dois são donos do estaleiro Eisa - Ilha S.A, e são ex-donos e atuais acionistas da Avianca Holdings. 

Os irmãos são investigados por fraudes em licitações e pagamentos de propina envolvendo executivos da Transpetro e do estaleiro. Segundo o MPF, as ações ilícitas causaram prejuízo de mais de R$ 611,2 milhões à transportadora da Petrobras, segundo o Ministério Público Federal (MPF). A Avianca não é citada nas investigações.

A Polícia federal aponta os envolvidos pagaram R$ 40 milhões em propina a executivos da Transpetro em troca de favorecimento e direcionamento do estaleiro em licitações. O objetivo era obter um contrato milionário para construção e fornecimento de navios. Uma das embarcações teve valor total combinado em mais de R$ 857 milhões.

Segundo a PF, a contratação teria sido feita desconsiderando estudos de consultoria que apontavam que a Eisa não tinha condições técnicas e financeiras para construir as embarcações. O estaleiro pediu recuperação judicial em 2015.

A operação foi batizada de "Navegar é preciso" e é a 72ª fase da Lava-Jato. As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal em Curitiba e as prisões dos empresários são preventivas. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços no Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas.

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