O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta quarta-feira (19/08) que o auxílio emergencial deverá ser prorrogado até o final do ano. A declaração ocorreu durante a assinatura de medidas provisórias de acesso ao crédito a micro e pequenos empresários. O valor, no entanto, será menor do que os R$ 600 já pagos e deve ficar entre R$ 250,00 e R$ 400.
O chefe do Executivo justificou dizendo que o atual valor do auxílio custa aos cofres públicos mais de R$ 50 bilhões mensais. Em referência ao ministro Paulo Guedes, o presidente apontou que “alguém na equipe econômica” sugeriu R$ 200, quantia que Bolsonaro considera pouco, apesar de ter elencado o mesmo valor quando a medida foi aventada. Bolsonaro completou dizendo que é possível chegar a um “meio termo”.
“Estamos agora em fase final. Hoje tomei café com o Rodrigo Maia no Alvorada e também tratamos desse assunto do auxílio emergencial. Os R$ 600 pesa muito para a União. Isso não é dinheiro do povo porque não está guardado, é endividamento e se o país endivida demais, acaba perdendo a credibilidade para o futuro. Então R$ 600 é muito, o Paulo Guedes fa…, alguém da economia falou em R$ 200, eu acho que é pouco. Mas dá pra chegar em um meio termo e nós buscarmos que seja prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano de modo que consigamos sair dessa situação e fazendo com que os empregos e formais e informais e informais voltem à normalidade e nós possamos então continuar naquele ritmo ascendente que terminamos e começamos o início desse ano, que a economia realmente estava apontando para os melhores do mundo para o Brasil depois de algumas décadas de patinação”, declarou.
Por fim, Bolsonaro ressaltou que a economia do país sairá “ainda mais forte” da pandemia.
“Imaginemos o que seria do Brasil sem essas medidas e seu o auxílio emergencial, onde poderia estar mergulhado o Brasil com uma classe enorme de pessoas, em especial da informalidade, que haviam perdido todo o seu ganho. Assim, o meu muito obrigado a todos vocês e vamos se Deus quiser cada vez mais sair dessa pandemia mais fortes do que quando começamos lá atrás”.
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem criticado a prorrogação do pagamento do auxílio. Ao mesmo tempo, o programa é o que mais eleva sua popularidade. No último dia 13, o presidente alfinetou os governadores e parlamentares que defendem a prorrogação do auxílio emergencial. De acordo com Bolsonaro, aqueles que defendem a ideia do pagamento indefinido do auxílio fazem “demagogia”.
“O auxílio emergencial custa R$ 50 bilhões por mês, e tem gente que demagogicamente acha que ele tem que ser prorrogado indefinidamente. Alguns falam que é dinheiro do povo. Não, é endividamento. Por quanto tempo se aguenta isso? Se eu pudesse dava R$ 10 mil por mês para tudo mundo e ficava todo mundo em casa”, disse.
O tempo de duração previsto para o benefício era de três meses, que acabaram sendo prorrogados por mais dois. A proposta inicial de valores sugerida por Bolsonaro era de R$ 200, quantia que chegou a R$ 500 no Congresso e acrescida de mais R$ 10
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