Depois de uma vitória parcial no Senado, os servidores saíram derrotados, ontem, com a manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro contra aumentos para várias categorias do funcionalismo, em 2021. Agora, a estratégia a ser adotada pelas categorias será a de denunciar à sociedade o “jogo de interesses que prejudica a saúde do cidadão”.
Mas não somente isso: pretendem expor o nome de cada parlamentar que mudou o voto e cedeu às pressões do Palácio do Planalto para, segundo Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), “agradar ao (Poder) Executivo e ao mercado“.
“O governo está fazendo terrorismo, dizendo que os servidores querem reajuste. Não é verdade. O que se discute é, apenas, uma possível ajuda a quem nunca pôde ir para o trabalho remoto, e deu atendimento presencial aos que precisaram. Vamos repetir a prática (pré-eleitoral) de 2018. Muitos que foram contra os servidores, não voltaram (para a Câmara)”, alertou Sérgio Ronaldo.
Para o cientista Jorge Mizael, sócio da Consultoria Metapolítica, a queda de braço do momento é, também, uma disputa por espaço no orçamento. Até 31 de agosto, o Executivo tem que apresentar a peça orçamentária ao Congresso e, nela, os recursos para qualquer que seja o uso têm que estar definidos.
“A discussão é absurda, porque não há na lei qualquer item que fale em aumento obrigatório. Mas, sem dúvida, o que for feito, agora, terá impactos futuros”, explica. Para Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, da Economia, a derrubada do veto resultaria um rombo nas contas públicas em torno de R$ 120 bilhões.
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