Equipes da Polícia Federal foram às ruas, nesta terça-feira (25/8), para cumprir mandados de busca e apreensão no âmbito da 73ª fase da operação Lava-Jato. A investigação aponta um esquema para blindar empreiteiras na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
Alvo das diligências, o ministro Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União (TCU), teve R$ 4 milhões bloqueados pela Justiça. A Lava-Jato afirma que o ministro, que é ex-senador, teria recebido o valor por meio de propina da OAS.
Na ocasião, Vital era presidente da CPI. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), são cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Cabedelo, Campina Grande e João Pessoa, na Paraíba, e em Brasília.
"As provas colhidas ao longo da investigação mostram que o pagamento da mencionada quantia pela OAS foi feito por meio de, pelo menos, dois modos diferentes: a celebração de contratos fictícios pela OAS com a empresa Câmara e Vasconcelos para viabilizar a entrega de R$ 2 milhões em espécie em benefício de Vital do Rêgo; e a celebração de contrato superfaturado pela empreiteira com a Construtora Planície para o repasse de R$ 1 milhão ao ex-Senador", diz o órgão. Os repasses ilegais teriam ocorrido no ano de 2014.
Ainda de acordo com as investigações, "o repasse em espécie dos recursos transferidos à Câmara e Vasconcelos ocorreu em quatro oportunidades e contou com a atuação de sócio e secretária da empresa. Há provas de que Alexandre Costa de Almeida recebeu o dinheiro ilícito no Shopping Center Recife, em Recife/PE, e no aeroclube de João Pessoa/PB, entregue por seu sócio nas duas oportunidades. O MPF destaca que "atualmente, Alexandre Costa de Almeida é servidor público no Tribunal de Contas da União e está lotado no gabinete de Vital do Rêgo Filho, hoje Ministro do TCU."
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.