Apesar das críticas que recebeu do presidente Jair Bolsonaro, que suspendeu a proposta do Renda Brasil, o substituto do Bolsa Família, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tocou a agenda normalmente e procurou demonstrar bom humor aos interlocutores.
Essa foi a impressão do prefeito de Campinas e presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Jonas Donizette. Segundo ele, Guedes não deixou transparecer incômodo com as críticas que Bolsonaro fez mais cedo à proposta da equipe econômica, durante viagem a Ipatinga (MG), quando afirmou que não vai tirar dinheiro de “pobres” para dar aos “paupérrimos”, em referência ao abono salarial que está na lista de programas que podem ser extintos para criar o Renda Brasil.
“O ministro estava de bom humor”, respondeu Donizette à pergunta feita pelo Correio, durante entrevista a jornalistas, após uma reunião virtual com Guedes organizada pela FNP em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). “O ministro estava muito animado com a situação dos juros (básicos), de 2% ao ano, que, há mais de 50 anos, o Brasil não tinha”, afirmou.
O prefeito paulista disse que Guedes chegou a falar do Renda Brasil, mas não apontou nenhuma fonte de recurso para o programa. Bolsonaro deu três dias para Guedes apresentar uma nova proposta. “Ele não reclamou do governo. Falou que compreende o cenário político”, destacou.
Como a reunião foi mais sobre o setor de construção civil, o prefeito contou que o ministro foi questionado se os subsídios do Minha Casa Minha Vida serão mantidos no novo programa do governo, o Casa Verde e Amarela, a fim de não quebrar os ciclo de retomada do setor para novos projetos e empreendimentos. “Há falta de itens de materiais para construção e reformas”, contou.
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