O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi alvo de busca e apreensão, ontem, em operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), com o apoio da Polícia Civil do estado. A operação é no âmbito de um inquérito que apura esquema de corrupção e possível organização criminosa na administração pública. A prefeitura também foi alvo de busca e apreensão.
A ação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão expedidos pelo 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio. Ela é um desdobramento da primeira fase da Operação Hades, realizada em março deste ano, que apurava denúncia de um “QG da propina” na prefeitura. As diligências foram cumpridas em endereços residenciais e funcionais de agentes públicos do município e empresários.
Em um vídeo, o prefeito chamou de “estranha” a operação em sua casa, salientando o fato de já estar em período eleitoral. Conforme disse, na semana passada, seu advogado esteve com o subprocurador do MP-RJ, Ricardo Martins, colocando à disposição os sigilos bancário, telefônico e fiscal de Crivella após denúncias publicadas pela imprensa. “No entanto, quero registrar que vi respeito e integridade no procurador, no delegado e no oficial de justiça”, disse.
A ação em casa, segundo o prefeito, durou cerca de uma hora e nada foi encontrado. “Considero essa ação injustificada, já que sequer existe denúncia formal e eu não sou réu nesta ou em qualquer outra ação”, afirmou. Crivella disse ainda que, “apesar disso, do fundo do meu coração, confesso que prefiro o Ministério Público voluntarioso, mesmo com alguns excessos, do que aquele omisso, que permitiu ocorrer no Rio de Janeiro, em gestões passadas, o maior volume de corrupção já visto no mundo”.
Foram cumpridos mandados em endereços na Barra da Tijuca, em Jacarepaguá, na Tijuca, no Flamengo, além de Itaipava, em Petrópolis, e no município de Nilópolis.
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