LAVA-JATO

Lula é denunciado pela 4ª vez

Correio Braziliense
postado em 15/09/2020 00:43
 (crédito: Ricardo Stuckert/AFP)
(crédito: Ricardo Stuckert/AFP)

A força-tarefa da Lava-Jato no Paraná denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por lavagem de R$ 4 milhões em propinas da Odebrecht, repassadas a título de doações oficiais ao Instituto Lula, entre dezembro de 2013 e março de 2014. O ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o presidente do instituto, Paulo Okamotto, também foram denunciados. É a quarta denúncia da força-tarefa em Curitiba contra Lula e a segunda relacionada ao instituto que leva o nome do ex-presidente.

De acordo com os procuradores, Marcelo Odebrecht teria autorizado o pagamento de R$ 4 milhões ao ex-presidente, que seriam quitados da subconta “Amigo”, associada ao petista, listada na planilha “Italiano” do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira. Para lavar a propina, os repasses foram contabilizados como doações oficiais ao Instituto Lula, quitadas em quatro parcelas de R$ 1 milhão. Segundo a Lava-Jato, a denúncia é embasada em e-mails e planilhas apreendidas em buscas feitas em fases anteriores da operação, além das delações de Marcelo e Palocci.

Em nota, a defesa de Lula classificou a denúncia como uma “invenção” da força-tarefa. A de Okamotto e do Instituto Lula, também rebateu as acusações.
O registro de pagamentos da Odebrecht também constaria em planilhas apreendidas com Okamotto durante a 24ª fase da Lava-Jato, a Aletheia.

Fux contrai covid e se afasta por 10 dias
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, está com covid-19. Segundo informações da assessoria do STF, ele buscou o serviço médico do Rio de Janeiro, ontem, depois de apresentar febre. A suspeita é que ele tenha sido infectado em um almoço com parentes, no último sábado. O ministro ficará em isolamento pelos próximos 10 dias, embora, de acordo com informações da Corte, ele esteja bem e pretenda conduzir a sessão ordinária do plenário do Supremo de amanhã. Mas o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido por Fux, cancelou a 58ª Sessão Extraordinária do órgão, agendada inicialmente para hoje, às 15h. Embora não houvesse previsão de julgamento de processos, seria a primeira sessão de Fux desde a posse, na quarta-feira passada, e serviria para que o ministro apresentasse os eixos da sua gestão.

Ricardo Stuckert/AFP
Ex-presidente é acusado de lavar R$ 4 milhões em propinas da Odebrecht

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