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Senado testa sistema de votação semipresencial por drive-thru; entenda

Comissão de Relações Exteriores inaugura novo sistema de votação, no qual parlamentares podem participar de votações secretas por meio de equipamentos instalados em cinco locais espalhados nos prédios e na garagem do Legislativo

Alessandra Azevedo
postado em 22/09/2020 06:00 / atualizado em 22/09/2020 10:40
 (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Após seis meses de trabalho apenas por sessões remotas, para evitar contágio pelo novo coronavírus, o Senado inaugurou ontem um sistema semipresencial, com votações por drive-thru e acesso restrito a comissões. Parlamentares do grupo de risco da covid-19 puderam computar votos por biometria, em um dos cinco totens eletrônicos instalados nos prédios e nas garagens do Congresso. Dois deles ficam na entrada principal, na chapelaria.

O esquema semipresencial será mantido ao longo de toda a semana. Se funcionar, deve ser usado como transição para a volta aos trabalhos presenciais, ainda sem data certa para acontecer. Os senadores precisarão ir ao Congresso para aprovar indicações de mais de 30 autoridades, entre embaixadores e membros do Judiciário, que estão à espera do aval para assumir as funções desde o início do ano.

Nesses casos, as votações são secretas e, portanto, só podem ocorrer de forma presencial. A adaptação feita no sistema da Casa em março, devido à pandemia, permitiu que os senadores continuassem votando projetos remotamente, mas funciona apenas para votações abertas. O primeiro teste semipresencial foi na Comissão de Relações Exteriores (CRE), ontem.

Com acesso restrito, o colegiado funcionou de forma bem diferente do período pré-pandemia, quando vivia cheio. O distanciamento social foi garantido e reforçado por adesivos colados nas cadeiras, com indicação de quais assentos poderiam ser ocupados. Apenas parlamentares e funcionários essenciais puderam entrar na sala.

Sem autorização para entrar nas comissões, jornalistas acompanharam a sessão no comitê de imprensa ou pela televisão. Todo visitante que esteve no Senado ontem teve que declarar, em um questionário, estar sem sintomas e não ter tido contato recente com pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Mesmo com os cuidados e o distanciamento, os parlamentares não são obrigados a ir às comissões. Podem participar das sabatinas de forma remota e se deslocar até um dos totens apenas na hora de votar, sem sair do carro. Ontem, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Márcio Bittar (MDB-AC) votaram na garagem.

Só duas mulheres entre embaixadores

Apesar de toda a polêmica envolvendo a visita do secretário de Estados dos EUA, Mike Pompeo, a Roraima, a Comissão de Relações Exteriores aprovou o nome de 32 embaixadores indicados pelo Itamaraty para assumir representações no exterior. Entre os sabatinados, há apenas duas mulheres. A falta de representatividade foi criticada pelas senadoras Leila Barros (PSB-DF), Kátia Abreu (PP-TO) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).


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