Candidaturas

Eleições: 18 cidades mineiras podem eleger prefeito com apenas um voto; entenda

Em 18 municípios mineiros há apenas uma candidatura registrada para o Executivo e, segundo o TRE-MG, o postulante pode ser eleito com qualquer votação

Gabriel Felice - Especial para o Estado de Minas
postado em 28/09/2020 17:32
 (crédito: NM/Divulgação)
(crédito: NM/Divulgação)

Em 18 cidades mineiras o próximo prefeito poderá ser eleito com apenas um voto. Atualmente, para se eleger um chefe de Executivo é necessário que ele tenha 50% dos votos válidos mais 1. Mas nesses municípios há apenas uma candidatura registrada para prefeito.

Nesses casos, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), os candidatos precisam de qualquer votação para chegar ao cargo. Os municípios nessa situação são: Aguanil, Alagoa, Araponga, Carmo do Cajuru, Consolação, Coronel Xavier Chaves, Delta, Diogo de Vasconcelos, Ibitiúra de Minas, Itinga, Monjolos, Nova União, Paulistas, Pintópolis, Piranguçu, Presidente Juscelino, Santana do Garambéu e Umburatiba.

Em 11 das 18 cidades a população não passa dos 5 mil habitantes. A com maior população é Carmo do Cajuru, com 22.478 habitantes, e a menor é Monjolos, com apenas 2.220 habitantes. Em 80% desses municípios, o único concorrente é o próprio prefeito. Se mantido esse cenário, a reeleição está garantida.

Em Aguanil, que tem quase 4,5 mil habitantes, o atual prefeito, José Márcio de Oliveira (PP), vai tentar uma reeleição certa, já que, por enquanto, é o único candidato registrado. No entanto, em 2016, José Márcio concorreu ao Legislativo de Aguanil. Assumiu a prefeitura dois anos depois, após dois acontecimentos: a morte de Sebastião Elói, eleito prefeito no pleito passado, e a cassação do vice, Heliton Goulart.

Já em Ibitiúra de Minas, Alexandre de Cássio Borges (PROS) é o único a disputar o Executivo e talvez seja um dos mais novos prefeitos do país. Ele assumiu a cidade no fim do ano passado, em eleição suplementar, após o então prefeito José Tarcísio Raymundo (PSDB) e seu vice, Romildo do Prado Bernardo (PSD), terem seus diplomas cassados por abuso de poder durante a campanha eleitoral.

Em apenas três cidades o único candidato não é o atual prefeito. Em duas delas – Consolação, Santana do Garambéu –, os chefes do Executivo poderiam concorrer à reeleição, mas seus nomes não aparecem nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Maurílio Robson Marques (MDB) foi eleito em Consolação com 64,68% dos votos válidos em 2016. No mesmo pleito, Adaílton Fonseca da Cunha (PP) foi eleito em Santana do Barambéu com 65,03% dos votos válidos. Em ambas as cidades, os prefeitos não foram localizados para comentar o assunto.

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