VIAGEM AO RIO

Bolsonaro: 'Não sou Jesus do Flamengo, mas sou o Messias do Executivo'

No Rio, o presidente também elogiou o trabalho da Polícia Rodoviária Federal

O presidente Jair Bolsonaro participou na tarde desta quinta-feira (24/9) da cerimônia de inauguração de estruturas e entregas de equipamentos à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro.

Durante o discurso, o chefe do Executivo brincou se referindo ao ex-técnico do Flamengo e afirmou não ser o "Jesus do Flamengo, mas o Messias do Executivo".

Na solenidade, Bolsonaro elogiou o trabalho da PRF. "Costumo dizer que não sou Jesus do Flamengo, mas sou o Messias do Executivo. Mas quem entra em campo são vocês. A gente orienta, de vez em quando dá opiniões para que o serviço seja melhor cumprido. A vida, depois da liberdade, é o bem mais sagrado que nós temos", declarou.

Bolsonaro disse ainda estar feliz em retornar ao local que o projetou para a vida política. Segundo o presidente, o maior compromisso de campanha conseguiu cumprir, se referindo ao time de ministros que caracterizou com um “quadro técnico”.

“O maior compromisso que tive durante a pré-campanha e campanha, estou cumprindo. Montar um gabinete perfeitamente técnico com ministros comprometidos com o futuro do país. Obviamente se muda um pouquinho o escalão. Nós temos as diretorias, as secretaria e aqui o diretor-geral da PRF [Aggio] escolhido pelo mesmo critério e confesso que é difícil escolher por esse critério a nossa PRF tendo em vista a quantidade de pessoas habilitadas, competentes e comprometidas com a sua instituição e com o seu país”, emendou.

O presidente completou que a escolha técnica possibilitou melhorias na PRF e que em seu governo "o critério político deixou de existir".


“A PRF vem nos orgulhando a todos desde algum tempo. Isso obviamente foi potencializado porque o critério político deixou de existir, o jeitinho, o quebra galho, o favor não só nessa instituição como em outras, deixou de existir e o Brasil passou a funcionar melhor”, alegou.

Pandemia

Bolsonaro repetiu que o Supremo Tribunal Federal (STF) deu a governadores e prefeitos a escolha de decidir em relação ao isolamento social e outras questões da pandemia.

“Lamentavelmente a pandemia influi negativamente na política econômica do mundo todo. No Brasil o tratamento dessa questão coube exclusivamente aos governadores por decisão do STF, mas desde o primeiro momento eu não fugi da minha responsabilidade”, disse.

O mandatário também voltou a defender a cloroquina no tratamento contra o covid-19. “Quem decide qual medicamento deve ser aplicado no final da linha é o médico, é o responsável por tomar essas decisões. Trabalhamos muito para que os médicos conseguissem ao longo do tempo ter liberdade para administrar o melhor para sua população e temos comprovação de que isso vem dando certo”, justificou.

Concurso PRF

Bolsonaro disse que um novo concurso da PRF está previsto para o final do ano ou início do próximo. Ele teceu elogios ao diretor-geral da PRF, Eduardo Aggio e à corporação.

"A nossa PRF realmente nos orgulha a todos. Suas operações são minuciosamente preparadas e os meios aos poucos vão chegando de modo que o próprio PRF se orgulha de ter uma polícia preparada desta maneira. O  primeiro ato do senhor Aggio em Brasília, foi o reaproveitamento de 600 concursados que serão formados agora em novembro. Bem como o Aggio trouxe para nós a necessidade de mais PRF's e já está bastante avançada a conversa com a economia de modo que 2000 novas vagas possam ser abertas no final desse ano, começo do ano que vem. Isso é sangue-novo na PRF, isso é meios para que vocês possam ajudar no tocante a segurança pública do nosso país", comentou.


Witzel

Durante o discurso, referindo-se ao governador Wilson Witzel, que enfrenta um processo de impeachment, o chefe do Executivo disse que buscará, em conjunto com a assembleia do estado, uma maneira de tirar o Rio de Janeiro da difícil situação em que se encontra e deixar certos personagens de política "para trás".
"Acredito que podemos sim vencer obstáculos e transformar o Brasil em um país que realmente seja colocado entre os primeiros do mundo, porque nós temos potencial. Obrigado a quem votou em mim e para quem não votou também, não tem problema. Juntamente com a Assembleia Legislativa e o nosso jovem governador (Cláudio Castro, que assumiu no lugar de Witzel), vamos buscar uma maneira de tirar o Rio de Janeiro da situação difícil que se encontra. Nós somos o estado maravilhoso e, se Deus quiser, essa política será deixada para trás e uma nova política, aos poucos surgindo de modo que possamos todos nos orgulhar desse estado maravilhoso chamado RJ", concluiu.

 

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