Agência Estado
postado em 03/10/2020 16:54
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (3/10) que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "vive todo santo dia lambendo as botas do governo americano" e "vende a alma ao diabo". As declarações foram dadas durante discurso em evento virtual promovido pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em comemoração aos 67 anos de fundação da Petrobras. O ato, que tem a participação de diversos sindicatos, é chamado "Pela Soberania Nacional - Em Defesa do Povo Brasileiro".
"Quando você tem um Brasil que coloca um general nosso pra ser subordinado a um general americano no comando da Quarta Frota, que é a frota americana pra tomar conta do Oceano Atlântico e para vigiar o nosso petróleo, quando você tem um presidente da República que vive todo santo dia lambendo as botas do governo americano mesmo quando o governo americano fala bobagem contra o Brasil, quando você tem um ministro da Educação, um ministro das Relações Exteriores que lambe as botas do presidente norte-americano, que é tão troglodita quanto o nosso, que é um cara violento, que não acredita na democracia nem respeita os direitos humanos, o que você pensa da nossa soberania? Ela está correndo risco", afirmou Lula.
"Um país que não tem soberania não é respeitado. O Brasil não tem tendência para voltar a ser colônia", continuou o petista. "Não é possível que esse país tenha dirigentes que não gostam do país. Quem não gosta do país vende a alma ao diabo, e é isso que eles estão fazendo agora", continuou.
Durante sua fala, que durou pouco menos de cinco minutos, Lula relembrou a descoberta do petróleo do pré-sal e fez uma crítica a quem não confia no País: "Quando a gente anunciou o pré-sal, os adversários da Petrobras diziam que a gente não ia conseguir prospectar o petróleo porque era muito caro. E hoje o barril do petróleo do pré-sal é colocado em terra a quase o mesmo preço da Arábia Saudita, numa demonstração de que o Brasil nunca deu certo porque os vira-latas nunca confiaram no Brasil, sempre ficaram dependendo de outros países e de palpites estrangeiros".
O evento começou às 15h e é transmitido pela internet, com a participação de sindicalistas e políticos de partidos de esquerda.
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