aproximação

Bolsonaro ganha espaço na Câmara

Segundo pesquisa, relacionamento entre governo e deputados vem melhorando desde início do mandato de Jair Bolsonaro

Edis Henrique Peres*
postado em 05/10/2020 16:37 / atualizado em 05/10/2020 16:41
O levantamento ouviu 174 dos 513 parlamentares, entre 14 e 30 de novembro -  (crédito: Najara Araujo/Camara dos Deputados)
O levantamento ouviu 174 dos 513 parlamentares, entre 14 e 30 de novembro - (crédito: Najara Araujo/Camara dos Deputados)

Pesquisa realizada pela XP Investimentos mostra que relação da Câmara dos Deputados com o governo melhorou. O levantamento ouviu 174 dos 513 parlamentares, entre 14 e 30 de novembro. Os dados indicam uma melhora na percepção da relação entre os deputados que não são oposição do governo. Agora, são 65% os que dizem ter uma boa ou ótima relação, aumento de 4% em comparação à pesquisa de julho.


O levantamento também apontou os possíveis projetos a serem aprovados ainda neste ano pela Câmara e pelo Senado. Para 53% dos entrevistados, a Lei do Gás pode receber o aval nas duas Casas até o fim deste ano. O Renda Cidadã (ou Bolsa Família ampliada) é o segundo com maior chance de aprovação, segundo confiam 32%, enquanto 26% acreditam no aval à reforma tributária. Embora em terceiro lugar, a reforma tributária, segundo 56% do total dos parlamentares, deveria ter prioridade na votação em plenário.


Para Victor Scalet, analista político da XP, a pesquisa apontou um aspecto positivo, pois a melhora na relação do presidente com a Câmara ajuda o governo a ter mais espaço para trabalhar. Scalet comentou que, para 45% dos deputados, caso não haja aprovação do Renda Cidadã até o fim deste ano, o auxílio deverá ser estendido até o começo de 2021.


A pesquisa também apurou como viabilizar o Renda Cidadã, e 30% do total de entrevistados (no levantamento, o total é ponderado pelo peso da oposição: 25,5%; e demais partidos: 74,5%) acreditam que a proposta pode avançar usando recurso de outros programas que devem ser encerrados, e 24% dizem que essa despesa deve ser excluída do teto de gastos.


Scalet explicou que qualquer uma dessas definições será complicada para efetuar. “O governo tem a demanda para criar um programa reforçado, mas deve pensar em como mantê-lo, e isso envolve uma série de decisões difíceis. É necessário maturar o projeto para encontrar como desenvolvê-lo sem atrapalhar a estabilidade econômica do país”, ressaltou.

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