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Bolsonaro reclama de "baixaria" nas críticas à indicação de Kassio Marques para o STF

O presidente defendeu o desembargador: "Acusaram o cara de tudo, parecia até que ele era um dos bandidos mais procurados do Brasil"

Ingrid Soares
postado em 06/10/2020 12:36 / atualizado em 06/10/2020 12:38
Em culto na noite desta segunda-feira, Bolsonaro prometeu escolher um ministro
Em culto na noite desta segunda-feira, Bolsonaro prometeu escolher um ministro "terrivelmente evangélico" para o STF, em 2021 - (crédito: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta terça-feira (6/10), seu indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), o desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O chefe do Executivo afirmou que “acusaram o cara de tudo, parecia até que ele era um dos bandidos mais procurados do Brasil”. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.


“É impressionante, tudo que se aproxima de mim, o pessoal... Acusaram o cara de tudo, parecia até que ele era um dos bandidos mais procurados do Brasil. Começam mentindo que ele votou para que o Battisti ficasse no Brasil em 2019. Quem decidiu foi o STF, em 2019", afirmou, numa referência ao pedido da Itália pela deportação do terrorista Cesare Battisti. “'Ah, ele é comunista'. Comunista está cheio no Brasil. 'Ah, o PT que indicou na lista tríplice'. Todos os desembargadores estão na mesma condição. Os militares mesmo foram promovidos no governo do PT”, justificou.

Bolsonaro ainda comentou sobre o fato de Marques não ter barrado uma licitação que permitia compra de lagosta pelo STF e a respeito de outras acusações que surgiram desde a semana passada. Ele ressaltou que tem se desgastado e não sabe se concorrerá à reeleição em 2022. No entanto, em tom irônico, alfinetou adversários.

"Agora, continuo me desgastando, vou me desgastar, quem sabe, em 2022, eu não sei se eu vou vir candidato. Se eu não vier candidato, tem gente boa aí. Tem o Alckmin, Haddad, cheio de gente para vocês escolherem aí. Tem o Doria também", disse. "Deixo claro que sou passível de crítica, mas não dá para partir para a baixaria também, tá de sacanagem, né", rebateu, em relação a ataques de entidades evangélicas e de apoiadores, por meio das redes sociais, pela escolha de Marques. O desembargador é indicado para a vaga a ser aberta com a aposentadoria do decano do STF, Celso de Mello, marcada para 13 de outubro.

Em culto na noite de ontem, o presidente prometeu que a sua próxima indicação para a Corte, em julho de 2021, será de um ministro que seja “pastor e terrivelmente evangélico”. 

 

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