dinheiro na cueca

"Fator de orgulho para o governo", diz Bolsonaro sobre operação da PF

Segundo o presidente, flagrante de dinheiro nas nádegas de vice-líder no Senado é prova de que o atual governo está empenhado em combater a corrupção. E disse que parlamentares não fazem parte do Executivo

Augusto Fernandes
postado em 15/10/2020 11:02
Jair Bolsonaro e Chico Rogrigues, senador flagrado com dinheiro na cueca -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Jair Bolsonaro e Chico Rogrigues, senador flagrado com dinheiro na cueca - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (15/10) que a operação da Polícia Federal que encontrou aproximadamente R$ 30 mil dentro da cueca do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) é "fator de orgulho para o governo".

Ao conversar com apoiadores nesta manhã no Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo não tentou defender o parlamentar, que é vice-líder do governo no Senado, mas também não disse se iria retirá-lo do posto de liderança no Congresso Nacional.

"Parte da imprensa está me acusando de o cara ser meu amigo, que eu coloquei o cara como vice-líder, e em consequência, eu não combato a corrupção. Vou deixar bem claro: essa operação da Polícia Federal, como metade das operações, elas são em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União). Nós estamos combatendo a corrupção, não interessa quem seja a pessoa suspeita", garantiu o presidente.

A operação da Polícia Federal que teve Chico Rodrigues como um dos alvos foi batizada de Desvd19, e apura um esquema de desvio de verbas públicas destinadas ao combate à pandemia da covid-19 em Roraima. Segundo as apurações da PF, foram desviados cerca de R$ 20 milhões em emendas parlamentares.

Bolsonaro disse lamentar o desvio dos recursos. "Seria bom que não houvesse, porque, afinal de contas, quando você desvia dinheiro da saúde, inocente morrem, então a operação de ontem é fator de orgulho para o meu governo", analisou.

O presidente ainda afirmou que não há corrupção na atual composição do Executivo. O presidente destacou que o governo dele é formado apenas por ministros, estatais e bancos oficiais, e não conta com a participação de parlamentares.

"Alguns acham que toda a corrupção tem a ver com o governo. Não. Nós destinamos dezenas de bilhões de reais para estados e municípios, tem as emendas parlamentares também, e, de vez em quando, não é muito raro, a pessoa faz uma malversação desse recurso. Agora, a CGU está de olho, a nossa Polícia Federal está de olho e tomamos as decisões", garantiu.

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