Caso Carol Solberg

Romário apresenta projeto que proíbe punição a atletas por manifestação política

Projeto é resposta a punição dada a Carol Solberg, do vôlei de praia, após ela falar "Fora, Bolsonaro"

Agência Estado
postado em 22/10/2020 22:56
 (crédito: Senado/ reprodução )
(crédito: Senado/ reprodução )
O senador Romário Faria (Podemos-RJ) reprovou a punição para a atleta Carol Solberg, do vôlei de praia, após ela falar "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo após partida do Circuito Brasileiro. O ex-jogador, por isso, apresentou um projeto de lei que proíbe entidades esportivas de punirem atletas por se manifestarem politicamente.
"A autonomia das entidades esportivas não pode se sobrepor à nossa Constituição, que nos garante a livre manifestação de pensamento", postou Romário, ao falar da PL 5004/2020.
Romário disse que a punição foi uma interpretação jurídica equivocada. "Dentro da dinâmica esportiva, punições devem ser aplicadas em casos de ofensas diretas a atores envolvidos na disputa, organização e patrocínio da própria competição."
Carol Solberg foi julgada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei e acabou condenada. A atleta levou multa de R$ 1 mil, transformada em advertência. Sua punição foi baseada no artigo 191, por "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição"
Romário não viu motivos para julgamento e foi além em sua crítica à punição. "Punir um atleta por se manifestar contrariamente a um personagem estranho à competição, e que não atrapalhe o seu andamento, é um constrangimento ao art. 5° de nossa Constituição."
Carol Solberg não "aceitou" bem a punição, se disse "censurada com o ocorrido". Por isso, está recorrendo da decisão.
 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.