CONSTITUIÇÃO

Maia descarta nova Constituinte e defende reformas

Para presidente da Câmara, o líder do governo, deputado Ricardo Barros, está confundindo a situação do Brasil com a do Chile

Wesley Oliveira
postado em 27/10/2020 20:56 / atualizado em 27/10/2020 20:56
 (crédito: Najara Araujo/Camara dos Deputados)
(crédito: Najara Araujo/Camara dos Deputados)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta terça-feira (27/10) a proposta do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), de realização de um plebiscito para convocação de uma Assembleia Constituinte. A exemplo do que ocorreu no Chile, Barros pretendia formular uma nova Constituição para o Brasil.

Para Rodrigo Maia, o líder do governo confundiu a situação dos dois países, já que no Chile a decisão foi por refazer a Constituição que vigorava desde a ditadura militar daquele país. “Temos Constituição que foi construída num processo de democracia, sem violência. Foi um marco do fim do regime militar do Brasil, o ponto de início verdadeiro da nossa democracia, depois com as eleições de 1989”, disse o democrata.

O presidente da Câmara defendeu que o Congresso deve continuar empenhando em fazer ajustes na Carta Magna e não reformulá-la por completo. “O nosso papel não é, só porque existem problemas no ponto A ou B, fazer uma ruptura constitucional. Nosso papel é continuar fazendo reformas e modernizando o texto Constitucional”, disse.

Moro

Mais cedo, durante participação de debate organizado pela Secretaria de Relações Internacionais da Câmara, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro também criticou a ideia defendida pelo líder do governo. “Cada um quer uma (Constituição) para chamar de sua. É melhor ficar com a que já temos. O que não impede que a gente emende e altere naquilo que entendermos que seja o caso de alterar”, ironizou Moro.

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