Vacina chinesa

Filho 02 diz que "limpa a bunda" com gravatas de Moro e Santos Cruz

Carlos Bolsonaro ofende os dois ex-ministros, que criticaram comentário do presidente no episódio da morte de um voluntário dos testes da CoronaVac. Tuíte do vereador põe mais lenha na fogueira e piora o ambiente com os militares

Renato Souza
postado em 13/11/2020 14:26 / atualizado em 13/11/2020 14:27
Carlos mais uma vez saiu em defesa do pai, pelo Twitter, ofendendo os desafetos Sergio Moro e Santos Cruz -  (crédito: Sérgio Lima/AFP)
Carlos mais uma vez saiu em defesa do pai, pelo Twitter, ofendendo os desafetos Sergio Moro e Santos Cruz - (crédito: Sérgio Lima/AFP)

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho "02" de Jair Bolsonaro e principal articulador do pai nas redes sociais, afirmou, na quinta-feira (12), que "limpa a bunda" com as gravatas do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, e do general Santos Cruz. Ele rebateu críticas que ambos fizeram às declarações do presidente em relação a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac

Carlos respondeu a uma seguidora, que disse que Moro e Santos Cruz fizeram uma dobradinha no Twitter para criticar Bolsonaro. "Limpo a bunda com as gravatas dos dois", disse o vereador, em um post com mais de 3 mil curtidas.

Santos Cruz integra o rol de militares que levantaram críticas contra o governo. Bolsonaro comemorou a suspensão de testes com a vacina. "Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu o presidente nas redes sociais, em referência ao governador de São Paulo, João Dória, que anunciou a compra de doses do medicamento.

Os testes já foram retomados, pois ficou provado que a morte de um voluntário ocorreu por suicídio, e não tem relação com imunizante.

O post foi compartilhado por Moro e virou alvo das declarações de Carlos.


Sem politização

Além deles, o comandante do Exército, general Edson Pujol também rebateu a "politização dos quartéis" e negou qualquer envolvimento político das Forças Armadas. "Não queremos fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos queremos que a política entre no nosso quartel, dentro dos nossos quartéis. O fato de, eventualmente, militares serem chamados a assumir cargos no governo, é decisão exclusiva da administração do Executivo."

Em artigo publicado no Correio, em 27/10, o general Otávio do Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, afirmou que o poder “inebria, corrompe e destrói”. Ele também criticou “seguidores subservientes” do governo, em claras críticas a Bolsonaro.

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