Eleições

"Urnas não são suscetíveis a ataques cibernéticos", diz Barroso

O ministro esteve, na manhã deste domingo (15), no Colégio Militar de Valparaíso para demonstração do projeto Eleições do Futuro

Samara Schwingel
postado em 15/11/2020 12:05 / atualizado em 15/11/2020 15:05
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, e o vice-presidente Edson Fachin, estiveram, na manhã deste domingo (15/11), em Valparaíso (GO) para a demonstração do projeto Eleições do Futuro. Durante o evento, o presidente do TSE afirmou que o processo eleitoral por meio de urnas eletrônicas não é passível de ser invadido por hackers, uma vez que as informações não ficam em redes on-line.

O ministro manifestou, no entanto, preocupação com informações contidas no TSE, após o ataque ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).“ As urnas não são passíveis de ataques cibernéticos. Porém, os processos que tramitam em rede são. Após o ataque ao STJ, realizamos um backup e reforçamos a segurança, mas ninguém está imune”, disse.

O ministro ainda afirmou que o processo eleitoral atual nunca foi fraudado. Barroso garantiu que, até hoje, não houve indícios de fraudes eleitorais no Brasil. “Ninguém tem dúvidas de que o resultado das últimas eleições refletiu a vontade da população”, disse.

Apesar de confiar no sistema, Barroso afirmou que o preço das eleições pesa nos cofres públicos. “As urnas se tornam obsoletas com o passar do tempo e precisam ser substituídas. A cada dois anos, trocamos cerca de 20% delas. Com a alta do dólar esse valor pode chegar a R$1 bilhão.”

Por isso, o TSE estuda uma substituição do processo eleitoral por uma alternativa mais barata e menos burocrática por meio de aplicativos para aparelhos móveis.

Distribuição

Barroso reconheceu que o Brasil é um país desigual e, por isso, talvez, a implementação de uma votação por app não fosse eficiente. Porém, ele afirmou que o TSE estuda a melhor forma de realizar o projeto.

“A implementação de um aplicativo nas eleições de 2022 vai depender do andamento dos estudos”, completou.

Sobre o projeto

Lançado em setembro deste ano, o projeto “Eleições do Futuro” tem como objetivo iniciar estudos e avaliações para eventual implementação de inovações no sistema eleitoral. As propostas deverão preencher três requisitos: segurança da votação, proteção ao sigilo do voto e eficiência. Depois da eleição, o TSE decidirá se adotará ou não alguma inovação no sistema de votação.

Em Valparaíso, quatro empresas apresentaram propostas. São elas: Infolog Tecnologia, GoLedger, RelataSoft, Smartmatic. O TSE ressalta que, apesar da possível parceira com as empresas privadas, não está em discussão a possibilidade de abrir mão do controle do sistema de votação, que está e continuará sob o comando do Tribunal.

Além de Valparaíso, Curitiba (PR) e São Paulo (SP) também receberam a iniciativa neste 1º turno das Eleições Municipais de 2020.

 

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