No primeiro debate deste segundo turno pela corrida da prefeitura de São Paulo, realizado pela CNN Brasil, o candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB) optou por focar na falta de experiência do seu adversário, Guilherme Boulos. Na contramão, o candidato do PSol rebateu com críticas a diversas políticas do atual gestor.
"A diferença que faz você não ter experiência em gestão pública. Recurso em caixa nao é recurso liberado para fazer o que bem entender. Política não se faz com discurso bonito. Política se faz com atitude, gestão e organização”, disse Covas em um dos momentos. Em seguida, Boulos rebateu pedindo que o candidato do PSDB respeitasse a sua carreira.
“Eu tenho muito orgulho da minha experiência no movimento social nos últimos 20 anos. Essa experiência te dá uma sensibilidade que nenhum cargo te dá. As pessoas não são só números”, disse Boulos.
Em um dos momentos, os candidatos foram questionados sobre os apoios do ex-presidente Lula e do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) neste segundo turno. Ambos enfrentam rejeição do eleitorado na capital paulista.
Bruno Covas, aliado de Doria, afirmou que estava focado em apresentar propostas e não em padrinhos eleitorais. “Estamos na eleição para prefeito. Não é uma eleição de qual padrinho importa mais. A população quer comparar o currículo de cada um, a história, o que fizeram pela cidade. Tenho o apoio de Doria, as ações conjuntas entre estado e município beneficiam a população. Mas eu sou o candidato a prefeito. Não se trata de debater quem tem melhor apoio político”, declarou.
Já Guilherme Boulos rebateu Bruno Covas, afirmando que ele chegou à prefeitura depois que João Doria abandonou o mandato para disputar o governo estadual em 2018. “Há uma diferença. Entre apoios que você recebe. Quem foi eleito prefeito há 4 anos foi o Doria, você era vice. O João Doria seguiu tradição dos tucanos, abandonou a cidade e usou São Paulo de trampolim, e você ficou na prefeitura. É natural que essa questão apareça”, criticou.
Pandemia
Os candidatos a prefeito de São Paulo também debateram sobre a resposta à pandemia de coronavírus e uma possível segunda onda. Boulos disse que a reação foi péssima porque São Paulo teve mais mortos do que a China e disse que faria testagem em massa e isolamento só em áreas de focos da doença.
O candidato do PSol lembrou de hospitais municipais que estão fechados nas áreas periféricas da cidades, onde a pandemia é mais letal. Covas respondeu que “é fácil ser engenheiro de obra pronta, difícil foi enfrentar a pandemia” e que fez o que a ciência orientou.
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