O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou ontem que o primeiro turno das eleições municipais serviu para mostrar ao governo federal que a população espera menos radicalismo ideológico dos políticos e mais ações para fazer o Brasil caminhar. As declarações foram dadas durante reunião com integrantes da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“Agora, nos próximos três meses, vai ser o momento de tomar decisões, escolher caminhos e mostrar para a sociedade o que se propõe para o país; é hora de decidir se o governo seguirá uma linha de viés conservador e liberal ou se será apenas algo mais conservador”, afirmou Maia.
No encontro, Rodrigo Maia defendeu que o governo de Jair Bolsonaro deve focar nas reformas que estão no Legislativo. Como exemplo, o presidente da Câmara mencionou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) emergencial de cortes e realocação de recursos públicos que está parada no Congresso, por conta do pleito eleitoral deste ano.
“As urnas deste ano já mostraram que as pessoas não querem mais o ambiente de conflito que existe entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, completou o democrata.
Votações
Depois do primeiro turno das eleições municipais, as lideranças do governo no Congresso vão buscar aprovar projetos da área econômica em tramitação, mas as reformas estruturais ficarão para o período após o segundo turno A preocupação continua sendo a de que as medidas impopulares prejudiquem os candidatos apoiados pelo governo que foram para a votação no dia 29 de novembro. Na lista da área econômica está, por exemplo, a desindexação de despesas do Orçamento, ou seja, retirar correções que são dadas automaticamente a alguns gastos
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse que vai tentar votar a pauta que combinou com o presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Ele admitiu que a votação das reformas ficará para depois do segundo turno. “Temos votações já (esta semana). As reformas ficam para o segundo turno. Acordaremos com os líderes amanhã (terça-feira). Isso é importante”, antecipou. Barros previu para esta semana a votação da medida provisória que trata da navegação da cabotagem.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), informou que discutirá a pauta com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e com os líderes. “Definiremos projetos que serão apreciados esta semana”, disse. “A prioridade nossa é votar a Lei de Falências”, ressaltou.
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