Apuração ocorreu sem atraso

Correio Braziliense
postado em 30/11/2020 00:29

Pouco mais de 26,6 milhões de brasileiros foram às urnas para escolher prefeitos de 57 cidades no segundo turno. O último município a apurar os votos foi Rio Branco (AC), que tem fuso horário com duas horas a menos que Brasília. Ainda assim, às 21h11, todas as cidades estavam com os votos 100% apurados com 70,5% dos eleitores tendo comparecido aos colégios eleitorais. Foi mais ágil do que no primeiro turno, quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou o resultado próximo à meia-noite, por conta de um erro de processamento da inteligência artificial do supercomputador da instituição.

Barroso destacou que as eleições municipais de 2020 contaram com um sensível aumento de candidatos representantes de minorias. “Tivemos 649 mulheres prefeitas e 875 mulheres como vice, 12,05% das prefeitos do Brasil são mulheres. É um número baixo, mas que se elevou em relação a pleitos anteriores. Candidatos denominados pretos ou pardos subiram de 29% para 32%”, apontou o ministro. Além dos números do boletim, as tentativas de ataque cibernético ao sistema do TSE e as críticas à credibilidade do voto digital por parte de políticos de extrema-direita, incluindo o presidente Jair Bolsonaro dominaram a coletiva de anúncio do resultado das eleições.

Dessa vez, não houve ataque cibernético ao sistema do TSE. Apesar disso, o delegado da Polícia Federal, Rolando Alexandre, responsável pelo inquérito que investiga o hacker português e outros três brasileiros que realizaram a tentativa de ataque em 15 de novembro, afirmou que havia um plano de nova investida, que não ocorreu. O presidente do TSE destacou que, no grupo, há hackers que fazem ataques para testar a própria capacidade tecnológica, para cobrar resgate, e “há os que querem atacar a democracia, o sistema eleitoral, para tornar instituições vulneráveis”.

Segurança

Sobre as críticas, Barroso explicou como funciona o processo eleitoral com as urnas eletrônicas “aos que não entenderam”. E ironizou, depois: “Aos que não querem entender, não há remédio jurídico”.

“Eu não tenho controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que acha que a Terra é plana, que o homem não pisou na Lua e que o (Donald) Trump ganhou as eleições dos Estados Unidos. Não há como fraudar (o sistema) sem detectar. O sistema está aí desde 1996. Elegemos o presidente Fernando Henrique Cardoso duas vezes, o presidente Lula, duas vezes; a presidente Dilma (Rousseff), duas vezes; e o presidente Jair Bolsonaro. Não vejo, honesta e sinceramente, nenhuma razão para colocar em dúvida o processo”. (LC)

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