Covid-19

Após suspensão de vacina chinesa, Bolsonaro diz que 'ganhou' de Doria

Presidente comentou decisão da Anvisa de suspender a CoronaVac. Imunizante vem sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan, do governo de São Paulo, em parceria com a farmacêutica Sinovac

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (10/11), que a vacina chinesa CoronaVac causa "morte, invalidez e anomalia" e que "ganhou" mais uma disputa contra o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB). O imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, é testado contra o novo coronavírus.

O comentário do presidente foi feito a um seguidor no Facebook, acompanhado do link de uma notícia sobre a suspensão dos testes com o imunizante por ordem da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida foi tomada para analisar um caso adverso ocorrido com um dos voluntários, mas o órgão federal não detalhou qual evento adverso foi observado no participante.

"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", publicou.

Logo após a repercussão, o PSDB soltou uma nota onde lamentou a fala de Bolsonaro e afirmou que o presidente demonstrou "estar do lado do vírus". "A atitude do presidente é mais uma prova de que coloca suas pretensões políticas acima de todos e realmente não se importa com a vida dos brasileiros. Cada vez mais ele parece estar do lado do vírus", argumentou a legenda do governador de São Paulo.

Durante coletiva desta manhã, o diretor do instituto Butantan, Dimas Covas avisou que a morte do voluntário não teve relação com a vacina testada. "Foi um evento adverso grave, mas que não teve relação com a vacina. Essa informação foi repassada para a Anvisa no último dia 06. Fui surpreendido com a suspensão dos testes", afirmou Covas.