Após obter o apoio de 16 partidos ao longo da campanha, o prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB) deve ter uma base confortável na Câmara de São Paulo, mas terá de negociar maioria pra aprovar projetos no segundo mandato. O que deve mudar a partir de 2021 é a capacidade da oposição em obstruir votações em plenário. Reforçado após ter a bancada triplicada, o PSol, com seis vereadores eleitos, deve se unir aos oito parlamentares do PT.
Mas, se as urnas deram mais poder aos representantes da esquerda na Casa, os partidos aliados formalmente a Covas, incluindo o PSDB, conseguiram eleger 25 dos 55 representantes, número muito próximo do quórum necessário para a aprovação da maioria dos projetos, que é de 28. Assim como os petistas, os tucanos alcançaram oito cadeiras e devem, mais uma vez, influenciar na escolha do próximo presidente.
Com o apoio de Covas e do vice eleito em sua chapa, Ricardo Nunes (MDB) –– além do respaldo do governador João Doria (PSDB) —, o nome da base para o cargo deve ser o de Milton Leite (DEM), segundo vereador mais votado, com 132 mil votos.
Com o apoio de partidos que tiveram candidaturas próprias, mas que estiveram com o prefeito no segundo turno, a tendência é de que Leite seja eleito e Covas possa ampliar ainda mais sua base. Em matérias mais importantes, é preciso ter quórum qualificado, ou 60% dos votos do plenário. Republicanos e PSD terão sete vereadores e podem ser decisivos em projetos desse tipo.
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