O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), defendeu a união entre partidos de centro-esquerda e centro-direita em uma candidatura forte para a presidência da República em 2022. “Essa seria uma ação para sairmos da polarização política brasileira e termos energia de chegar ao 2° turno. Se houver uma pulverização das candidaturas, o PT e o Bolsonaro vão disputar as eleições, e os partidos de centro-esquerda e centro-direita não conseguirão destaque”, explicou ele.
A afirmação foi feita em entrevista, nesta segunda-feira (14/12), no CB.Poder — uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília. No programa, Casagrande comentou a situação das legendas para as próximas eleições.
Para o governador, os partidos provavelmente lançarão seus pré-candidatos já no próximo ano em busca de tentar consolidar algum nome de sua preferência. “No entanto, neste momento, é exigido um comportamento diferente”, disse ele.
Segundo ele, é necessário que os partidos de centro proponham um projeto único ao longo dos dois anos até a nova eleição. “João Doria, Luciano Huck e demais nomes precisam pensar em quem agrega mais nesse campo, se não terão candidaturas que ficará pelo caminho. E não estamos em condições disso acontecer, precisamos de um projeto responsável que fortaleça as instituições democráticas do país”.
O governador aproveitou para comentar sobre outro nome cogitado para as eleições de 2022, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Segundo Casagrande, Moro não está no campo político do Centrão. “Ele teve um vínculo muito forte com o (presidente) Jair Bolsonaro e se posicionou em um espectro mais à direita. Na questão do centro ele não cabe”, finalizou.
Vacinação no Brasil
Outro tema discutido no CB.Poder desta segunda foi a vacinação contra covid-19, que para o governador é um assunto primordial para acalmar a angústia dos brasileiros. “Minha opinião é que o governo deve adquirir todas as vacinas disponíveis e aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou pelas outras agências reguladores da Europa, Japão, China ou Estados Unidos, como está previsto na lei”.
"Precisamos ter todas as alternativas e também precisamos ter velocidade. Tendemos a ter um verão amedrontador para os brasileiros, principalmente para os mais idosos, porque os jovens se expõem e levam a doença (covid-19) para os grupos vulneráveis. Estamos perdendo entre 600 e 700 pessoas por dia, em um estado de contaminação crescente. Além disso, já estamos atrasados em relação a outros países”, opinou.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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