O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou, nesta terça-feira (22/12), que a organização criminosa que seria comandada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, chegou a receber R$ 50 milhões em propina repassados por empresários que integram o esquema. Crivella foi preso pela manhã, a 9 dias de acabar o mandato.
O presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe, assumiu o cargo. O Ministério Público aponta a existência de um "QG de Propina" que seria gerido por Crivella. A propina seria paga por empresários em troca de vantagens em contratos da prefeituras ou por verbas públicas.
O procurador-geral Ricardo Ribeiro Martins destacou que as investigações ainda estão em andamento para entender mais detalhes do grupo criminoso. "A organização criminosa arrecadou dos empresários pelo menos R$ 50 milhões, foi o que conseguimos apurar. Agora, quanto foi para cada um, aí realmente é algo que não temos essa previsão", disse.
"Vantagens em troca de propina"
Ricardo afirmou, também, que o esquema existia antes de Crivella assumir a prefeitura."Essa organização começa antes mesmo da ascensão do prefeito Marcelo Crivella ao cargo. Tudo isso sob a liderança do prefeito Marcelo Crivella, que agia por intermédio do Rafael Alves. Ele tinha poderes para interferir em diversas camadas da administração pública oferecendo vantagens em troca de propina", disse.
As investigações apontam que a estrutura de propina continuaria após a gestão do político, e por conta disso, os procuradores decidiram pedir a prisão do prefeito.
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