PRAIA GRANDE

Bolsonaro sobre Doria: ''Pode ir para Miami, mas não podemos fechar SP''

Ao gerar aglomeração em Praia Grande, litoral de São Paulo, presidente da República criticou governador do estado por medidas restritivas

Sarah Teófilo
postado em 30/12/2020 14:08 / atualizado em 30/12/2020 14:15
 (crédito: Reprodução/Facebook)
(crédito: Reprodução/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quarta-feira (30/12) o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por medidas restritivas no estado, citando o fato de que o tucano foi a Miami, Estados Unidos, neste fim de ano. "Sem problemas ir para Miami, mas não podemos fechar São Paulo", afirmou.

Bolsonaro, que passará a virada do ano em Guarujá (SP), foi para uma cidade ao lado, Praia Grande, na manhã desta quarta-feira. O deslocamento foi feito de moto aquática. No local, o presidente gerou aglomeração, com diversas pessoas em torno de uma grade de isolamento colocada na praia. Bolsonaro cumprimentou os populares por cerca de 30 minutos, tirou fotos e pegou crianças no colo.

Ao presidente, uma mulher reclamou do governador de SP. "Ninguém mais aguenta o Doria. Esse governador de São Paulo é horrível, presidente. Ele largou o Brasil e vive em Miami", disse. Bolsonaro, então, completou: "E fecha São Paulo, fecha São Paulo. Pode ir para Miami, sem problema, mas não podemos fechar SP", afirmou.

Na semana passada, o presidente alfinetou Doria em uma transmissão ao vivo pelo Facebook. "O povo tem que ficar em casa que eu vou passear em Miami. Pelo amor de Deus, calcinha apertada. Isso é coisa de calça apertada, calcinha apertada", pontuou.

O governador de São Paulo foi amplamente criticado depois de ser flagrado sem máscara em uma loja em Miami, cidade da Flórida (EUA). A viagem de férias, ao lado da esposa Bia Doria, duraria 10 dias, mas foi encurtada e o governador retornou ao Brasil. Em um vídeo, ele pediu desculpas e justificou que a ida aos Estados Unidos já estava programada há algum tempo. Segundo ele, iria aproveitar o recesso para descansar, mas também participaria de duas conferências.

A viagem se deu justo no momento em que o governo estadual impôs regras mais duras em relação ao funcionamento de comércios durante o feriado de fim de ano.

"Quero transmitir aqui as minhas desculpas a aqueles que imaginaram que eu estivesse deixando a cidade e o estado de São Paulo depois de medidas restritivas para desfrutar uma vida confortável, com menos restrições em Miami. Não houve essa intenção. Não houve esse gesto de pouca responsabilidade por minha parte. Mas, mesmo assim, peço desculpas. Eu não tenho compromisso com o erro, já disse isso algumas vezes", afirmou em vídeo.

De acordo com o tucano, ele decidiu retornar ao Brasil após as restrições divulgadas pelo Centro de Contingência da covid-19 e devido ao diagnóstico positivo para covid-19 do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM).

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