Câmara dos Deputados

Maia reage a rival na Câmara: 'Bolsolira' usa práticas do chefe

Maia afirmou que Lira, aliado do presidente Jair Bolsonaro, usa as mesmas práticas do "chefe" para dirigir ataques contra adversários

Bruna Lima
Renato Souza
postado em 09/01/2021 14:35 / atualizado em 09/01/2021 21:05
 (crédito: Maryanna Oliveira/Camara dos Deputados)
(crédito: Maryanna Oliveira/Camara dos Deputados)
Diante do embate travado em relação à sucessão da presidência da Câmara dos Deputados, o atual líder da Casa, Rodrigo Maia (DEM/RJ), reagiu às ofensivas do rival e candidato à cadeira, Arthur Lira (Progressistas/AL), se referindo ao deputado como "Bolsolira". Segundo Maia, o aliado de Bolsonaro usa as mesmas estratégias de "seu chefe" ao proferir "narrativas falsas".

"Cada vez mais o candidato do Bolsonaro usa das mesmas práticas do seu chefe. Por isso que cada vez mais eu ouço ele ser chamado de 'Bolsolira'", se pronunciou Maia, por meio de comunicado enviado pela assessoria ao Correio.

A resposta vem à afirmação que Lira fez pelas redes sociais, alegando "pressão de governadores nas bancadas, repressão das cúpulas partidárias e até ameaças de exonerações dentro da Câmara". Segundo o deputado, "tudo isso lá do lado da turma que fala em democracia e liberdade", alfinetou.

Em resposta, o presidente da Casa disse que "esse tipo de atitude, com narrativas falsas, tentando transferir para o nosso campo atitudes que o padrinho dele defende e aplaude, é demonstração do desespero que já bateu na campanha do candidato do Bolsonaro".

Maia apoia o deputado Baleia Rossi (MDB/SP) para suceder à posição na Mesa. Nos esforços para derrotar o candidato progressistas apoiado pelo Planalto, Rossi firmou aliança com a oposição, o que gerou troca de farpas entre Maia e o presidente Jair Bolsonaro.

Na sexta (8/1), Bolsonaro atacou Maia pela aliança feita com o PT, um dos 11 partidos que integram o bloco de apoio ao emedebista. O chefe do Executivo comparou Maia e o PT com a união de água e óleo. Em seguida, corrigiu, dizendo que na verdade, os dois são farinha do mesmo saco. Em resposta, o presidente da Câmara disse "não se surpreender" com as críticas. "Só compreendem o nosso gesto aqueles que defendem a democracia antes de tudo", disse.

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